tag:blogger.com,1999:blog-64932722306049131652024-03-14T09:30:31.551-03:00Canto-do-conto: Histórias para ouvir, contar e encantar !betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.comBlogger244125tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-79705966851389116102018-08-15T10:09:00.001-03:002018-08-15T10:09:43.827-03:00A Lenda do Amor-perfeito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOLmozfcopJuALKOgSnu9PC4TW55pznbau_09arRbfS5hbZZz8Tw_nqqhUc9VOOT6oofGglrIaNEDNH2Ym1kFkq5S5Ecz0erCFqlDIGR1InploQ7FqIb-_sq2a8i7K8edCqcgJ-inI61Y/s1600/39097988_1846693128758742_7625274212785061888_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOLmozfcopJuALKOgSnu9PC4TW55pznbau_09arRbfS5hbZZz8Tw_nqqhUc9VOOT6oofGglrIaNEDNH2Ym1kFkq5S5Ecz0erCFqlDIGR1InploQ7FqIb-_sq2a8i7K8edCqcgJ-inI61Y/s320/39097988_1846693128758742_7625274212785061888_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="color: #1d2129;">Conta uma lenda que em tempos remotos as flores do amor-perfeito possuíam perfume intenso e adocicado, que se espalhava por grandes distâncias. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="color: #1d2129;">Eles nasciam livremente e em maior abundância no meio de dourados campos de trigo, como gotas coloridas e perfumadas. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="color: #1d2129;">Tão intenso perfume era muito cobiçado e as pessoas não se intimidavam em penetrar nos campos, destruindo os trigais, para colher o amor-perfeito. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="color: #1d2129;">Com o tempo, a destruição das plantações de trigo</span><span class="gmail-text_exposed_show" style="color: #1d2129; display: inline;"> e a diminuição das colheitas passaram a gerar falta de alimento nos povoados, o que entristeceu as belas flores.<br />Os amores-perfeitos, tão alegres e joviais, passaram a viver tristes, pois sabiam que eles eram a causa involuntária desse prejuízo. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span class="gmail-text_exposed_show" style="color: #1d2129; display: inline;">Num belo dia de sol, eles decidiram fazer um pedido à Natureza: olhando para o céu claro, pediram em conjunto que o perfume de suas flores fosse retirado, para que as pessoas não mais destruíssem os trigais para apanhá-los. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span class="gmail-text_exposed_show" style="color: #1d2129; display: inline;">No mesmo momento, o pedido foi atendido.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span class="gmail-text_exposed_show" style="color: #1d2129; display: inline;"> Por essa razão, as flores do amor-perfeito, apesar de delicadas e belas, quase não têm perfume.</span><span style="background-color: white; color: #222222;"> </span></span>betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-45204333347100169542018-02-12T23:21:00.002-02:002018-02-12T23:21:40.126-02:00O quê mudou ????<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcawutgh1Nj3L_5LslXU_XkYCJ0-V1n2FbQn6GcowXofIUHI1QmTEtPPtYWQRPQW9DGGey-5vwh_Z3TaGbLR_yIOKmAhne9MA-eltRZZrMWZM8jV82eOwQRMKLuzY2LkcgrhLDjxhv3FQ/s1600/200158_1159308710775978_7591498829855325454_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="560" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcawutgh1Nj3L_5LslXU_XkYCJ0-V1n2FbQn6GcowXofIUHI1QmTEtPPtYWQRPQW9DGGey-5vwh_Z3TaGbLR_yIOKmAhne9MA-eltRZZrMWZM8jV82eOwQRMKLuzY2LkcgrhLDjxhv3FQ/s320/200158_1159308710775978_7591498829855325454_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: large;">Era uma vez uma jovem chinesa chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na casa da sogra. Passado algum tempo, Lin começou <span style="font-family: inherit;">a </span>perceber q<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">ue não se adaptava à mãe de seu esposo. Seus temperamentos eram muito diferentes e a jovem se irritava com muitos dos hábitos e costumes da sogra, os quais criticava cada vez com mais frequência.Com o passar dos meses as coisas foram se tornando cada vez piores, a ponto da convivência se tornar insuportável naquela casa. Contudo, segundo as antigas tradições da cultura chinesa, a nora tem que estar sempre a serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo Mas a jovem Lin, não aguentando a ideia de viver com a aquela mulher por mais tempo, tomou a decisão de ir em segredo consultar um Mestre, velho amigo do seu pai. Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou um ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe:- Para te livrares da tua sogra, não deves usar estas ervas de uma única vez, pois isso poderia causar suspeitas. Misture-as com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai sendo envenenada lentamente.Lin ouviu as palavras do Mestre, que continuou:<br />- E para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito<br />cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas.<br />Ao que Lin respondeu:<br />- Obrigado, Mestre Huang; farei tudo o que me recomenda.<br />Lin ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a sogra. Durante várias semanas serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra.<br />Tinha sempre presente a recomendação de Mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.<br />Passados seis meses, toda a família estava mudada. Lin controlava bem o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Durantes estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava<br />muito mais amável. As atitudes da sogra mudaram ao ponto em que ambas passaram a tratar-se como mãe e filha.Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang para lhe pedir ajuda:<br />- Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e hoje gosto dela como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou.</span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: large;"><div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça:</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
- Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que<br />lhe começaste a dedicar.</div>
</span></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-16799325642956729892017-11-17T00:28:00.003-02:002017-11-17T00:28:32.640-02:00LENDA DA ARANHA - Natal<br />
<h2 class="category-link" style="background-color: white; border: 0px none; clear: left; color: #333333; float: left; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: 400; list-style: none; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; margin-top: 0px; outline: none; padding: 0px; text-transform: uppercase;">
<img alt="ღ♥☆" height="400" src="https://i.pinimg.com/564x/ac/bd/1a/acbd1ae71c03cd1de4c8ea1b7e0ebc19.jpg" width="263" /></h2>
<br />
<h2 class="category-link" style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: 400; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-transform: uppercase;">
<br /></h2>
<h2 class="category-link" style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: 400; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-transform: uppercase;">
Lenda da aranha</h2>
<div class="entry" itemprop="articleBody" style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, Georgia, sans-serif !important; font-size: 16px !important; line-height: 1.6em !important; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<div style="border: 0px none; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px 1em;">
Quando o Rei Herodes mandou executar todas as crianças, para entre elas matar Jesus e evitar que se cumprisse o seu destino, José e Maria levaram o menino consigo a tentar fugir para o Egito. Certo dia, entraram numa caverna para descansar um pouco. Quando os soldados encarregados de matar o bebé chegaram à entrada da caverna, porém, esta estava coberta por uma espessa teia de aranha. O chefe dos soldados disse para os restantes guardas que nem valia a pena perderem tempo a vasculhar aquela caverna: se alguém tivesse entrado ou saído dali, aquela teia estaria desfeita, no entanto estava direita. E assim prosseguiram caminho.</div>
<div style="border: 0px none; list-style: none; outline: none; padding: 0.5em 0px 1em;">
O menino Jesus foi salvo e Maria abençoou a aranha pelo seu feito.</div>
</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-71926712492664140642017-03-07T02:19:00.001-03:002017-03-07T02:19:37.288-03:00VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA FAMÍLIA EM INGLÊS??<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd6oHzzh8b5BNWemOx0RyKWX8N4SIYA8x1XxKzBrZKzznHOnYdJPeLKDBFHtxQvw3Pjg9WA1P1OKcleSiU5HKLaTP_rM3Edqd0SHi8uob-CmOTQJKRdVDmVI4G1esh-Jcwbvv1HKHpvUg/s1600/10414878_1499315916947757_3933622586654014378_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd6oHzzh8b5BNWemOx0RyKWX8N4SIYA8x1XxKzBrZKzznHOnYdJPeLKDBFHtxQvw3Pjg9WA1P1OKcleSiU5HKLaTP_rM3Edqd0SHi8uob-CmOTQJKRdVDmVI4G1esh-Jcwbvv1HKHpvUg/s320/10414878_1499315916947757_3933622586654014378_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA FAMÍLIA EM INGLÊS??</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Tropecei em um<br />estranho que passava e lhe pedi perdão. <span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br />Ele respondeu:<br />"desculpe-me, por favor;<br />também não a vi."<br />Fomos muito educados, seguimos nosso caminho e nos despedimos.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px;">
Mais tarde, eu estava cozinhando e meu filho estava muito perto de mim.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Ao me virar quase esbarro nele. Imediatamente</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
gritei com ele;</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
ele se retirou sentido,</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
sem que eu notasse</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
quão dura que</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
lhe falei.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Ao me deitar Deus me disse suavemente: "Você tratou a um estranho de forma cortês, mas destratou o filho que você ama.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Vá a cozinha e irá encontrar umas flores no chão, perto da porta.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
São as flores que ele cortou e te trouxe: rosa, amarela e azul.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Estava calado para te entregar, para fazer uma surpresa e você não viu as lágrimas que chegaram aos seus olhos..."</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Me senti miserável e começei a chorar. Suavemente me aproximei de sua cama e lhe disse:</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
"Acorde querido! Acorde!</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Estas são as flores que você cortou para mim?"</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Ele sorriu e disse:</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
"Eu as encontrei junto de uma árvore, e as cortei, porque são bonitas como você,</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
em especial a azul."</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Filho, sinto muito pelo que disse hoje, não devia gritar com você.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Ele respondeu:</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
"está bem mamãe, te amo de todas as formas."</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Eu também te amo e adorei as flores,</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
especialmente a azul...</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Entenda que se você morrer amanhã, em questão de dias a empresa onde você trabalha cobrirá seu lugar. Porém, a Família que deixamos sentirá a perda pelo resto da vida.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Pense neles, porque geralmente nos entregamos mais ao trabalho que a nossa Família.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Será que não é uma inversão</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
pouco inteligente?</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Então, que há detrás desta história?</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Você sabe o significado de</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Família em inglês?</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
F A M I L Y:</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
"Father And Mother I Love You"</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
(Papai e Mamãe, eu os amo</div>
</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-300634767665559112017-03-03T23:31:00.002-03:002017-03-03T23:31:29.746-03:00O FOGO QUE BROTOU DA PEDRA.<div class="_5pbx userContent" data-ft="{"tn":"K"}" style="font-family: inherit; font-size: 14px; line-height: 1.38;">
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_58ba25ea1d5d88f87093500" style="display: inline; font-family: inherit;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisUQampAS2k1p0IgONVV_jjYZ5wFZHYk9uLgwDEQePyWyKQVZuuQfJ7eV3y3dhrEz5AQcZoR3Dlnf8eC6aLCExyO5h-uDeUaS1VmdtPr7qAtKZWUivM2hk14pMs8hQu29Nbiuxpac4ov8/s1600/fogo+de+pedras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisUQampAS2k1p0IgONVV_jjYZ5wFZHYk9uLgwDEQePyWyKQVZuuQfJ7eV3y3dhrEz5AQcZoR3Dlnf8eC6aLCExyO5h-uDeUaS1VmdtPr7qAtKZWUivM2hk14pMs8hQu29Nbiuxpac4ov8/s1600/fogo+de+pedras.jpg" /></a></div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
O FOGO QUE BROTOU DA PEDRA.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A pedra de fogo e a barra de metal. <span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br />A pedra de fogo, ao ser golpeada por uma barra de metal, ficou surpresa e disse duramente a ela : Por que você me castiga? Não me maltrate, deve ter me confundido com Outro.Nunca ninguém me quis mal.<br />Ao que a barra de metal respondeu : Se tiver paciência, verá que fruto maravilhoso sairá de você. A pedra, a tais palavras se acalmou e suportou pacientemente o castigo, até ver brotar de si o maravilhoso fogo.<br />Esse fogo que manifestamos com persistência possui extraordinária força e não temos dúvida do seu grande papel no mundo. É uma fábula que tem muito significado.<br />A forma como reagimos aos acontecimentos inesperados e' um fator crucial. A vida consiste num processo de desafio e resposta.<br />Da perspectiva da nossa fé e prática budista, devemos responder às dificuldades e às provações ativando o poder da nossa fé e prática, extraindo desse modo o poder do Buda e da Lei. Essa maneira de reagir aos problemas nos permite acumular ilimitados e indestrutíveis " tesouros do coração " e desenvolver a capacidade de ajudar muitas pessoas a se tornarem felizes. !!!<br />Daisaku Ikeda!!!</span></div>
</div>
</div>
<div class="_3x-2" style="font-family: inherit;">
<div data-ft="{"tn":"H"}" style="font-family: inherit;">
<div class="mtm" style="font-family: inherit; margin-top: 10px;">
<div class="_6o4 clearfix _45vb _5dec" id="u_ps_jsonp_7_0_i" style="border: 1px solid rgba(0, 0, 0, 0.0980392); display: inline-block; font-family: inherit; min-height: 44px; overflow: hidden; position: relative; zoom: 1;">
<div data-reactroot="" style="font-family: inherit;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="" style="font-family: inherit;"><span display="inline" style="font-family: inherit;"><div class="_1c_u _4010" id="u_ps_jsonp_7_0_k" style="font-family: inherit; margin-top: -1px; outline: none; position: relative;">
<div class="_53j5" id="u_ps_jsonp_7_0_m" style="font-family: inherit; height: 378px; margin: auto; max-height: 100%; max-width: 100%; overflow: hidden; position: relative; width: 248px; z-index: 0;">
</div>
</div>
</span></span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-34559119915322770352017-01-11T23:45:00.001-02:002017-01-11T23:45:07.751-02:00O que é veneno ????<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMG_j-mQgBYK-Q15z7unoTUNHQrkKu-W_wvtjtvtOkm8Hzs6RaYX_UmuOV8MnzESVd7n2Zm0Yn1slkm8aTxJZnqiqyI4oRKBqY0fIdKIA_Gw7uAtoA6K3AhkHPlv7UhtbqqIoPoIkiVIE/s1600/RUMI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMG_j-mQgBYK-Q15z7unoTUNHQrkKu-W_wvtjtvtOkm8Hzs6RaYX_UmuOV8MnzESVd7n2Zm0Yn1slkm8aTxJZnqiqyI4oRKBqY0fIdKIA_Gw7uAtoA6K3AhkHPlv7UhtbqqIoPoIkiVIE/s320/RUMI.jpg" width="296" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">Perguntaram a Rumi:<br />O que é veneno?<br />- Qualquer coisa além do que precisamos é veneno. Pode ser poder, preguiça, comida, ego, ambição, medo, raiva, ou o que for.<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />- O que é o medo?<br />Não aceitação da incerteza.<br />Se aceitamos a incerteza, ela se torna aventura…!<br />O que é a inveja?<br />- Não aceitação do bem no outro.<br />Se aceitamos o bem, se torna inspiração...!<br />O que é raiva?<br />- Não aceitação do que está além do nosso controle.<br />Se aceitamos, se torna tolerância…!<br />O que é ódio?<br />- Não aceitação das pessoas como são. Se aceitamos incondicionalmente, se torna amor…!</span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #666666; display: inline; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<br /></div>
</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-6682623395357250572016-10-05T05:05:00.001-03:002016-10-05T05:07:33.507-03:00A Lenda da Linha Vermelha ( Akai ito )<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZjeCoIP3-rM2_O2jj16Rk_BzmUYpx296y8yzRVaLBCxQEW8JmI3DXwjQ142fcSlwrmetCRu27L6hBUtNhhpE0Wz6BcPhuaXxURrzk-Qrhef_-mqWIJ87jZtIYrh535L7FjJS7VdEV_uM/s1600/lenda+dalinha+vermelha.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZjeCoIP3-rM2_O2jj16Rk_BzmUYpx296y8yzRVaLBCxQEW8JmI3DXwjQ142fcSlwrmetCRu27L6hBUtNhhpE0Wz6BcPhuaXxURrzk-Qrhef_-mqWIJ87jZtIYrh535L7FjJS7VdEV_uM/s320/lenda+dalinha+vermelha.gif" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Cabin; font-size: 19px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“Você nunca poderá escapar de seu coração, então é melhor ouvir o que ele tem a dizer…” – Paulo Coelho, “O Alquimista”</strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Cabin; font-size: 19px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
De acordo com uma lenda Oriental, as pessoas destinadas a se conhecerem têm uma linha vermelha amarrada em seus dedos. Esta linha nunca vai embora e fica constantemente amarrada, apesar do tempo e da distância. Não importa o quanto demore para conhecer essa pessoa, não importa o tempo que você passe sem vê-la, e também não importa se vive no outro lado do mundo: o fio estica-se ao infinito, mas nunca se parte.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Cabin; font-size: 19px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Este fio está com você desde seu nascimento e te acompanhará, em maior ou menor tamanho, mais ou menos emaranhado, ao longo de toda sua vida. Assim, o Avô da Lua sai toda noite para se encontrar com os recém-nascidos e amarrar uma linha vermelha em seu dedo, uma linha que vai decidir seu futuro, que irá orientar estas almas para que nunca se percam … A lenda segue assim:</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Cabin; font-size: 19px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
“Há muito, muito tempo atrás, um imperador aprendeu que em uma das províncias do seu reino vivia uma bruxa muito poderosa que tinha a capacidade de ver o fio vermelho do destino, e mandou trazê-la a sua presença. Quando a bruxa veio, o imperador ordenou-lhe olhar a outra extremidade do seu fio e levá-lo para o que seria sua esposa. A bruxa concordou com este pedido e começou a seguir e seguir o fio. Esta busca os levou a um mercado, onde uma pobre camponesa com um bebê nos braços oferecia seus produtos. Ao chegar onde estava esta camponesa, se colocou frente a ela e convidou-a a ficar de pé. Quando o jovem imperador se aproximou, a bruxa disse.. “Aqui termina a sua linha “, mas ao ouvir isso o imperador ficou com raiva, pensando que a bruxa estava fazendo uma piada, empurrou a camponesa que ainda estava segurando seu bebê em seus braços e a fez cair, causando uma grande ferida no rosto do bebê. Ordenou que seus guardas prendessem a bruxa e cortassem sua cabeça.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Cabin; font-size: 19px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Muitos anos mais tarde, chegou a hora de o imperador casar-se, e sua corte o recomendou que a melhor coisa era se casar com a filha de um general poderoso. Ele aceitou e chegou o dia do casamento. E na hora de ver pela primeira vez o rosto de sua esposa, que entrou no templo com um belo vestido e um véu que cobria seu completamente rosto … viu que aquele rosto bonito tinha uma cicatriz peculiar na testa.”</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Cabin; font-size: 19px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Esta lenda é tão enraizada nas culturas orientais que milhões de pessoas carregam consigo uma verdadeira linha vermelha.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Cabin; font-size: 19px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Uma linha vermelha a qual não podemos impor os nossos caprichos e nossa ignorância, uma linha vermelha que não podemos destruir. Um linha vermelha que vai direto ao coração, que se conecta ao amor eterno. O amor de uma mãe, um pai, um irmão, um filho, um amigo, um homem ou uma mulher … Um fio vermelho que simboliza o amor e interesse comum … Cada um interpreta como quiser, mas muitas vezes as casualidades são tão fortes que não deixam dúvidas … Se chamam almas gêmeas, corações entrelaçados com uma ou várias eternidades para viver …</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-41616816702662591362016-09-20T02:05:00.001-03:002016-09-20T02:05:30.545-03:00Meia...meia...Meia ? ....meia !<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi50Ydu1g4pVmUg3N-wtEECIE259DgSGSH1Tr9KZBQbH4YfV1NJsQt1ykpjeFdNDt8Pq5GZTZe4iIBltEqvwdFDwzrKwPTjK6pcIbZuk30gHkR6-Q7sJ7MqToYZe8gjNV2jA5KiQjlVz3w/s1600/coversando-com-amigos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi50Ydu1g4pVmUg3N-wtEECIE259DgSGSH1Tr9KZBQbH4YfV1NJsQt1ykpjeFdNDt8Pq5GZTZe4iIBltEqvwdFDwzrKwPTjK6pcIbZuk30gHkR6-Q7sJ7MqToYZe8gjNV2jA5KiQjlVz3w/s400/coversando-com-amigos.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">Língua Portuguesa, Genial .<br />Tudo bem que sofremos para aprender outra língua, mas eles também sofrem e sofrem mais para aprender a nossa.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">O Português é uma das línguas mais difíceis do mundo.<br />Meia, Meia, Meia, Meia ou Meia?</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-size: 14px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">Na recepção dum salão de convenções, em Fortaleza<br />- Por favor, gostaria de fazer minha inscrição para o Congresso.<br />- Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é brasileiro. O senhor é de onde?<br />- Sou de Maputo, Moçambique.<br />- Da África, né?<br />- Sim, sim, da África.<br />- Pronto, tem uma palestra agora na sala meia oito.<br />- Desculpe, qual sala?<br />- Meia oito.<br />- Podes escrever?<br />- Não sabe o que é meia oito? Sessenta e oito, assim, veja: 68.<br />- Ah, entendi, meia é seis.<br />- Isso mesmo, meia é seis. Mas não vá embora, só mais uma informação: A organização do Congresso está cobrando uma pequena taxa para quem quiser ficar com o material: DVD, apostilas, etc., gostaria de encomendar?<br />- Quanto tenho que pagar?<br />- Dez reais. Mas estrangeiros e estudantes pagam meia.<br />- Hmmm! que bom. Aqui está: seis reais.<br />- Não, não, o senhor paga meia. Só cinco, entende?<br />- Pago meia? Só cinco? Meia é cinco?<br />- Isso, meia é cinco.<br />- Tá bom, meia é cinco.<br />- Cuidado para não se atrasar, a palestra começa às nove e meia.<br />- Então já começou há quinze minutos, são nove e vinte.<br />- Não, não, ainda faltam dez minutos. Como falei, só começa às nove e meia.<br />- Pensei que fosse as 9:05, pois meia não é cinco? Você pode escrever aqui a hora que começa?<br />- Nove e meia, assim, veja: 9:30<br />- Ah, entendi, meia é trinta.<br />- Isso, mesmo, nove e trinta. Mais uma coisa senhor, tenho aqui um folder de um hotel que está fazendo um preço especial para os congressistas, o senhor já está hospedado?<br />- Sim, estou na casa de um amigo.<br />- Em que bairro?<br />- No Trinta Bocas.<br />- Trinta bocas? Não existe esse bairro em Fortaleza, não seria no Seis Bocas?<br />- Isso mesmo, no bairro Meia Boca.<br />- O bairro não é meia boca, é um bairro nobre.<br />- Então deve ser cinco bocas.<br />- Não, Seis Bocas, entende, Seis Bocas. Chamam assim porque há um encontro de seis ruas, por isso seis bocas. Entendeu?<br />- Acabou?<br />- Não. Senhor é proibido entrar no evento de sandálias. Coloque uma meia e um sapato...<br />O africano enfartou...</span></div>
</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-43034562976232593222016-09-15T22:04:00.003-03:002016-09-15T22:04:24.745-03:00Uma História Ancestral<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRMUlN4TNBexvC-mouY799Krj_5onGEyf7aldghXSpk67Os0XJ6CNS7VpFg6xWGh4rzwYmjbukpCLABMg6PXXdQ2EVjutgCOxLKpeHdRstOIAkhDk3a19v35bDTO8XrMcKhno98Qo7AqA/s1600/images+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRMUlN4TNBexvC-mouY799Krj_5onGEyf7aldghXSpk67Os0XJ6CNS7VpFg6xWGh4rzwYmjbukpCLABMg6PXXdQ2EVjutgCOxLKpeHdRstOIAkhDk3a19v35bDTO8XrMcKhno98Qo7AqA/s400/images+%25281%2529.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">"Uma história medicinal que toda mulher deve ler para recuperar a sua essência, as suas raízes e o significado de sua existência.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Este conto conta uma história muito, muito antiga, que muitos já não se lembram, ou que muitos já não falam, antes de os humanos aparecerem com duas pernas no chão, onde todas as mulheres, antes de serem mulheres, eram árvores e, como tal, tinham raízes que as tornavam unas com a Mãe Terra, mãos largas e casacos feitos de troncos, com longos cabelos que se cobriam de folhas, frutos e aves que cantavam na Primavera.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Elas viviam nos mais belos recantos, nutriam-se de sol, água e vento e jamais estavam sozinhas, pois rodeavam-nas todas as criaturas da floresta terrestre, a mais mágica podes imaginar. Da mesma forma, as guardava e nutria a mais sábia de todas as árvores, que elas chamaram de “Árvore Avó,” uma árvore muito antiga que conhecia todos os segredos da vida e da morte, e sempre que qualquer árvore-mulher de qualquer parte do mundo ficava doente, comunicava com a Árvore Avó através de suas raízes para se curar.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">As mulheres árvore tinham poderes mágicos, elas comunicavam sem usar palavras, moviam os elementos sem ter mãos e podiam sentir todos os seres da Natureza através de uma rede profunda que formavam com as suas raízes dentro da terra.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Um dia, muito tempo depois, chegaram à Terra os humanos de duas patas, algo aconteceu e começaram os tempos de guerra, morte e destruição, alguns diziam que por causa da ambição do reino, o poder e a riqueza. Foi uma época terrível, onde muitas mulheres árvores foram transformadas em madeira e queimadas como uma forma de gerar calor. Assim, para manter vivas as suas filhas, a Avó permitiu que as árvores se desenraizassem e tivessem pés para poderem correr e esconderem-se longe do perigo. As mulheres árvores deveriam assim aprender a andar e a sobreviver por conta própria, em troca tiveram de perder as suas raízes e a sua conexão com a Mãe Terra e a todos os seres vivos, o que lhes causou grande dor e tristeza, mas esta foi a única maneira de sobreviverem e preservarem a tradição das mulheres árvore.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Quem me contou esta história diz que passaram muitos séculos até que a guerra pelos reinos terminou, e nela muitas mulheres árvore morreram de tristeza, pois não suportaram a solidão e o desenraizamento, outras se esqueceram de quem eram e aprenderam a viver com os humanos de duas patas e perderam os seus poderes e habilidades mágicas. Mas havia um outro grupo de mulheres árvore que foram distribuídas pelo mundo e, apesar de se separarem, prometeram nunca deixarem de serem quem eram e de conservar na memória mais profunda de DNA tudo o que elas aprenderam com a Árvore Avó. Este grupo de mulheres árvore comprometeu-se a reencontrar-se em todas as vidas seguintes, mantendo muito bem guardado o segredo das suas origens e poderes.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">A Avó, também desejando não se separar deste bosque de donzelas, e num acto de amor profundo pelas suas filhas, abençoou todas as mulheres com uma árvore no seu ventre e esta árvore transformou-se naquilo que é hoje o nosso útero. Assim, todas as mulheres podem recuperar o seu enraizamento com a Mãe Terra nutrindo-se com o seu amor, pois o útero é a âncora da sua verdadeira essência. A partir dele está a forma de recuperar a razão mais primordial de ser mulher. E o maravilhoso desta bênção da Árvore Avó é que tenhamos ou não útero físico, teremos sempre o útero energético que nunca nada nem ninguém nos poderá retirar.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Esta é uma história muito, muito antiga, e muitos dizem que neste momento a Avó Árvore está a chamar em alto e bom som pelas suas filhas. Tanto é que se abraçares a árvore mais antiga do bosque e encostares o teu ouvido ao seu trono, ela te contará os segredos das mulheres árvore, te encherá de todo o seu amor e te doará toda a sua medicina ancestral. E a partir daí nunca mais estarás desconectada da Avó Árvore. O teu útero recuperará as suas raízes e caminharás sempre ancorada à Terra. Fim.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Toda a mulher que hoje possa estar a sentir uma ferida ancestral e um vazio emocional profundo sem explicação, é sinónimo de que tomou consciência que perdeu a sua raiz ancestral à Mãe Terra e à Avó Árvore. A forma de recuperar a alegria, o sentido da existência e o amor de ser mulher requer um regresso ao enraizar do útero na Terra, e isso passa por tomar consciência de que somos mulheres árvore e que em cada momento há uma rede invisível abaixo dos nossos pés que nos conecta a um sem fim de memórias ancestrais. Quando uma mulher está a sangrar a partir do seu ventre, toma consciência desta perda ancestral que lhe traz tristeza, vazio e a sensação de que lhe falta algo. Quando um homem faz amor com uma mulher, pode sentir por segundos o êxtase de estar conectado em unidade com o todo.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Desde relembrar que desde os nossos pés crescem raízes invisíveis que nos conectam a uma grande rede, um grande corpo energético, que são todos os seres vivos da Terra, mas que deves activar essas raízes que te conectarão a todas as mulheres, homens, animais, insectos, vegetais, minerais e aos elementos. Pois o nosso útero está conectado a um útero ainda maior, o útero primordial, aquele que dá à luz desde o início dos tempos a tudo o que é conhecido e desconhecido. Enraizar o nosso útero também tem muita relação com o recuperar da consciência e sabedoria da Terra, de menstruarmos de forma consciente e respeitar a vida em todos os sentidos.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Todos os úteros físicos ou energéticos que permaneçam sem esta conexão à Mãe Terra está suspenso no vazio e a mulher que o carrega sentir-se-á seca e sem vida. Recuperar a consciência raiz do útero é regressar ao sentido primordial da vida.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Com amor a todas aquelas que ainda não encontraram o sentido da sua existência, pois como mulher cheguei a experimentar esse vazia durante muito tempo na vida. Quando eu eu enraizei pela primei vez o meu útero à Terra, eu senti-me viva e recordei muitas memórias de dor que as minhas ancestrais sentiram e que eu deveria transmutar. Percebi que há uma ferida ancestral que todas carregamos e para curá-la é importante que as mulheres se unam e recordemos todas as nossas histórias e lembremos a magia que nos habita. Só desta forma pode também Mãe Terra para curar as suas feridas e os homens podem acompanhar-nos e serem guardiões desta evolução."</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Por Ximena Hernandez Noemi Avila</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Esta história nasceu das profundezas das minhas memórias uterinas e foi escrita nos meus dias de lua, por isso se vais levá-la e copiá-la para a tua página peço-te que identifiques onde a obtiveste. Muito obrigada.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Que a tua vida se inunde de amor</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Texto traduzido para português por Isabel Maria Angélica</span>betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-78632745626992622892016-08-25T19:06:00.001-03:002016-08-25T19:06:46.605-03:00O Segredo do Fazendeiro<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;"><br /></span></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMDBwUGqIVy1wLTVpzEuVNpVT3y7-_qzNdOR038QHFbNSxuD_mkbf17SJfM5oX2qb-tWMxja80z7ALRa_aXln8dE1vm9mAvz2fhSvjK0_XDyjve-z0Jopy8OSL_UxigDZdskU0aI9hlfY/s1600/semeador.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMDBwUGqIVy1wLTVpzEuVNpVT3y7-_qzNdOR038QHFbNSxuD_mkbf17SJfM5oX2qb-tWMxja80z7ALRa_aXln8dE1vm9mAvz2fhSvjK0_XDyjve-z0Jopy8OSL_UxigDZdskU0aI9hlfY/s400/semeador.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Havia um fazendeiro que todo ano ele entrava com algum alimento de sua plantação na feira e ganhava o primeiro prêmio com a melhor semente. </span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Uma vez um repórter de jornal o entrevistou e aprendeu algo interessante sobre como ele cultivou o milho com o qual ganhou o prêmio.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do milho dele com seus vizinhos.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Surpreso com a descoberta, perguntou o repórter ao fazendeiro:</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Como pode você se dispor a compartilhar sua melh</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; line-height: 19.32px;">or semente de milho com seus vizinhos quando eles estão competindo com o seu em cada ano?<br />Por quê? Você não sabe?<br />O vento apanha pólen do milho maduro e o leva através do vento de campo para campo. Se meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade de meu milho.<br />Se eu quero cultivar milho bom, eu tenho que ajudar meus vizinhos a cultivar milho bom.<br />O meu milho não pode melhorar a menos que o milho do vizinho também melhore.<br />Assim é também em nossas vidas:<br />Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz.<br />Aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros para que vivam bem. Aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os outros a achar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.<br />Como diria Beto Guedes em sua linda canção, Sol de primavera:<br />A lição sabemos de cor, só nos resta aprender...</span></span>betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-14039228721892126662016-08-20T10:34:00.004-03:002016-08-20T10:34:51.959-03:00O Pai - Rubem Alves<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnJlaGL8iNRPZNDBubBqNfI0EwRbDuRHiDuqLH5pyeuxR9XW_3JLm8cDKl3dzzSuTxR9sbLRbGlh7h7pTnFK-w82jsOrbdJrbmTOq0bO02MMfkZjR4Di2yjw3YM-i1vrF3llC1ovdtLUA/s1600/o+pai.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnJlaGL8iNRPZNDBubBqNfI0EwRbDuRHiDuqLH5pyeuxR9XW_3JLm8cDKl3dzzSuTxR9sbLRbGlh7h7pTnFK-w82jsOrbdJrbmTOq0bO02MMfkZjR4Di2yjw3YM-i1vrF3llC1ovdtLUA/s400/o+pai.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Quando começo a escrever deixo de ser dono de mim mesmo. Fico à mercê de idéias que nunca pensei. Elas aparecem sem que eu as tenha chamado e me dizem: “Escreva!“ Não tenho outra alternativa. Obedeço. Cummings, referindo-se a um livro seu, ao invés de dizer “quando eu escrevi esse livro“, disse “quando esse livro se escreveu.“ Não foi ele… O livro já estava escrito antes, em algum lugar. Ele só fez obedecer as ordens que o livro lhe deu. Nikos Kazantzakis, autor de Zorba, o Grego, confessou que as letras do alfabeto o aterrorizavam. E isso porque, uma vez soltas, elas se recusavam a obedecer as suas ordens. “As letras são demônios astutos e desavergonhados — e perigosos! Você abre o tinteiro e as solta: elas correm — e você não mais conseguirá trazê-las de novo para seu controle! Elas ficam vivas, juntam-se, separam-se, ignoram suas ordens, arranjam-se a seu bel-prazer no papel — pretas, com rabos e chifres. Você grita e implora: tudo em vão. Elas fazem o que querem…“</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Era meu costume tentar colocar ordem na casa: planejar, determinar de forma lógica e metódica os temas sobre que eu iria escrever. Foi assim que resolvi escrever um livro em que colocaria em ordem e diria tudo o que eu havia pensado sobre a educação. O título seria: A erótica da educação e a educação da erótica. Por cinco anos lutei. As idéias não me faltavam. Mas as palavras se recusaram a me obedecer. O dito livro não queria ser escrito. Wittgenstein passou por experiência semelhante. Por muitos anos ajuntou idéias. Aí, tentou ordená-las sob a forma de um texto filosófico. Eis o que aconteceu, em suas próprias palavras: “Depois de várias tentativas mal sucedidas de fundir meus resultados numa peça única, percebi que eu nunca haveria de ser bem sucedido. O melhor que eu poderia escrever seria nada mais que anotações filosóficas; os meus pensamentos ficavam logo paralisados se eu tentava forçá-los numa única direção contra a sua inclinação natural.“</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Pois eu não tinha intenção alguma de escrever sobre o dia dos pais. Mas, de repente, passando os olhos num livro que uma amiga me enviou, encontrei a seguinte afirmação: “Tomar uma decisão de ter um filho é algo que irá mudar sua vida inteira de forma inexorável. Dali para frente, para sempre, o seu coração caminhará por caminhos fora do seu corpo.“</div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; text-align: justify;">Aí as idéias puseram a se movimentar por conta própria. Pensei na minha condição de pai. É verdade: pai é alguém que, por causa de um filho, tem sua vida inteira mudada de forma inexorável. Isso não é verdadeiro do pai biológico. É fácil demais ser pai biológico. Pai biológico não precisa ter alma. Um pai biológico se faz num momento. Mas há um pai que é um ser da eternidade: aquele cujo coração caminha por caminhos fora do seu corpo. Pulsa, secretamente, no corpo do seu filho (muito embora o filho não saiba disto).</span><div class="td-a-rec td-a-rec-id-custom_ad_3 " style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; display: table; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-left: auto; margin-right: auto; position: relative; text-align: center;">
</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Lembrei-me dos meus sentimentos antigos de pai, diante dos meus filhos adormecidos. Veio-me à mente a imagem de um “ninho“. Bachelard, o pensador mais sensível que conheço, amava os ninhos e escreveu sobre eles. Imaginou que, “para o pássaro, o ninho é indiscutivelmente uma cálida e doce morada. É uma casa de vida: continua a envolver o pássaro que sai do ovo. Para este, o ninho é uma penugem externa antes que a pele nua encontre sua penugem corporal.“ Era isso que eu queria ser. Eu queria ser ninho para os meus filhos pequenos. Queria que meu corpo fosse um ninho-penugem que os protegesse, um ninho que balança mansamente no galho de uma árvore ao ritmo de uma canção de ninar…</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Que felicidade enche o coração de um pai quando o filho que ele tem no colo se abandona e adormece! Adormecida, a criança está dizendo: “tudo está bem; não é preciso ter medo“. Deitada adormecida nos braços-ninho do seu pai ela aprende que o universo é um ninho! Não importa que não seja! Não importa que os ninhos estejam todos destinados ao abandono e ao esquecimento! A alma não se alimenta de verdades. Ela se alimenta de fantasias. O ninho é uma fantasia eterna. Jung deveria tê-lo incluído entre os seus arquétipos! “O ninho leva-nos de volta à infância, a uma infância!“ (Bachelard). Aquela cena, a criança adormecida nos braços do pai, nos reconduz à cena de uma criancinha adormecida na estrebaria de Belém! Tudo é paz! Desejaríamos que ela, a cena, não terminasse nunca! Que fosse eterna!</div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; text-align: justify;">É impossível calcular a importância desses momentos efêmeros na vida de uma criança. É impossível calcular a importância desses momentos efêmeros na vida de um pai. O efêmero e o eterno abraçados num único momento! “Conter o infinito na palma da sua mão e a eternidade em uma hora“: o pai que tem o seu filho adormecido nos seus braços é um poeta! Essas palavras do poeta William Blake bem que poderiam ser suas. Um homem que guarda memórias de ninho na sua alma tem de ser um homem bom. Uma criança que guarda memórias de um ninho em sua alma tem de ser calma!</span><div class="td-a-rec td-a-rec-id-custom_ad_3 " style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; display: table; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-left: auto; margin-right: auto; position: relative; text-align: center;">
</div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; text-align: justify;"></span><br />
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Mas logo o pequeno pássaro começará a ensaiar seus vôos incertos. Agora não serão mais os braços do pai, arredondados num abraço, que irão definir o espaço do ninho. Os braços do pai terão de se abrir para que o ninho fique maior. E serão os olhos do pai, no espaço que seus braços já não podem conter, que irão marcar os limites do ninho. A criança se sente segura se, de longe, ela vê que os olhos do seu pai a protegem. Olhos também são colos. Olhos também são ninhos. “Não tenha medo. Estou aqui! Estou vendo você“: é isso o que eles dizem, os olhos do pai.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
O que a criança deseja não é liberdade. O que ela deseja é excursionar, explorar o espaço desconhecido – desde que seja fácil voltar. Tela de Van Gogh. É um jardim. No lado direito do jardim, mãe e criança que acabam de chegar. Ao lado esquerdo o pai, jardineiro, agachado com os braços estendidos na direção do filho. É preciso que o pai esconda o seu tamanho, que ele esteja agachado para que seus olhos e os olhos do seu filho se contemplem no mesmo nível. A cena é como um acorde suspenso, que pede uma resolução. É certo que o filho largará a mão da mãe e virá correndo para o pai… E a fantasia pinta a cena final de felicidade que o pintor não pode pintar: o pai pegando o filho no colo, os dois rindo de felicidade…</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
O tempo passa. Os pássaros tímidos aprendem a voar sem medo. Já não necessitam do olhar tranquilizador do pai. É a adolescência. Ser pai de um adolescente nada tem a ver com ser pai de uma criança. Pobre do pai que continua a estender os braços para o filho adolescente, como na tela de Van Gogh! Seus braços ficarão vazios. Como se envergonharia um adolescente se seu pai fizesse isso, na presença dos seus companheiros! É o horror de que os pássaros companheiros de vôo o vejam como um pássaro que gosta de ninho! Adolescente não quer ninho. Adolescente quer asas. Os ninhos, agora, só servem como pontos de partida para vôos em todas as direções. Liberdade, voar, voar… A volta ao ninho é o momento que não se deseja. Porque a vida não está no ninho, está no vôo. Os ninhos se transformam em gaiolas. Se eles procuram os olhos dos pais não é para se certificar de que estão sendo vistos mas para se certificar de que não estão sendo vistos! Aos pais só resta contemplar, impotentes, o vôo dos filhos, sabendo que eles mesmos não podem ir. Nos espaços por onde seus filhos voam os ninhos são proibidos. Mas eles terão de voltar ao ninho, mesmo contra a vontade. E o pai se tranquiliza e pode finalmente dormir ao ouvir, de madrugada, o barulho da chave na porta: “Ele voltou…“</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Mas chega o momento quando os filhos partem para não mais voltar.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Através da minha janela vejo um ninho que rolinhas construíram nas folhas de uma palmeira. A pombinha está chocando seus ovos. Vejo sua cabecinha aparecendo fora do ninho. Mas numa outra folha da mesma palmeira há um outro ninho, abandonado. Esse é o destino dos ninhos, de todos os ninhos: o abandono.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Gibran Khalil Gibran escreveu, no seu livro O Profeta, um texto dedicado aos filhos. Não sei de cor suas precisas palavras. Mas vou tentar reconstrui-las. É aos pais que ele se dirige. “Vossos filhos não são vossos filhos. Vossos filhos são flechas. Vós sois o arco que dispara a flecha. Disparadas as flechas elas voam para longe do arco. E o arco fica só.“</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Esse é o destino dos pais: a solidão. Não é solidão de abandono. E nem a solidão de ficar sozinho. É a solidão de ninho que não é mais ninho. E está certo. Os ninhos deixam de ser ninhos porque outros ninhos vão ser construídos. Os filhos partem para construir seus próprios ninhos e é a esses ninhos que eles deverão retornar.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Assim é na natureza. Assim é com os bichos. Deveria ser conosco também. Mas não é. Quem é pai tem o coração fora de lugar, coração que caminha, para sempre, por caminhos fora do seu próprio corpo. Caminha, clandestino, no corpo do filho. Dito pela Adélia: “Pior inferno é ver um filho sofrer sem poder ficar no lugar dele.“ Dito pelo Vinícius, escrevendo ao filho: “Eu, muitas noites, me debrucei sobre o teu berço e verti sobre teu pequenino corpo adormecido as minhas mais indefesas lágrimas de amor, e pedi a todas as divindades que cravassem na minha carne as farpas feitas para a tua…“</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-13193865725893615282016-08-18T03:26:00.000-03:002016-08-18T03:26:51.994-03:00Freyja - uma deusa nórdica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK-ecHFTUfSQ4_w3l_TO0Wf6nySQIrRalDdzzS2expaBNJMRmf5ML47UC83HCcspAPGkn8a6Zd0Nfi09aXrCqYOqBw17OPHdimkMCXHVCAMTZ6ZFeoJZwZJtKgLpibO80rTB2x8I-bh_Y/s1600/freya.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK-ecHFTUfSQ4_w3l_TO0Wf6nySQIrRalDdzzS2expaBNJMRmf5ML47UC83HCcspAPGkn8a6Zd0Nfi09aXrCqYOqBw17OPHdimkMCXHVCAMTZ6ZFeoJZwZJtKgLpibO80rTB2x8I-bh_Y/s400/freya.jpg" width="321" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
FREYJA - “A SENHORA”<br />FRIJA, FREA, FRO, FROWE, VANADIS, MARDÖLL, HÖRN, SYR<br />TEXTO TIRADO DO LIVRO “RAGNARÖK.O CREPÚSCULO DOS DEUSES”<br />MIRELLA FAUR</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
<br />Citando Snorri Sturluson, Freyja era “a mais gloriosa e brilhante das deusas nórdicas”, considerada “A Senhora” e seu irmão Frey “O Senhor”, ambos invocados para atrair a fertilidade da terra, a plenitude e prosperidade das pessoas. Filha dos deuses Nerthus (da terra) e Njord (do mar), Freyja fazia parte das divindades mais antigas, Vanir, e foi cedida junto com o pai e o irmão aos Aesir, como parte do armistício firmado entre os dois grupos de deuses. Quando ela apareceu em Asgard os deuse ficaram tão impressionados pela sua beleza e graça, que lhe deram como presente o reino de Folkvangr e o palácio de Sessrumnir.<br />Alguns autores consideram Freyja e Frigga como facetas de uma mesma deusa, porém as diferenças são óbvias, sem dar margem a esta simplificação. Frigga era a padroeira da vida doméstica e da paz, protetora dos casamentos, dos filhos e das famílias; Freyja era a regente da fertilidade, do amor, da guerra, da morte e da magia feminina. No livro “Mistérios Nórdicos” são relatados comparações do arquétipo de Freyja com deusas de outras culturas, identificando suas semelhanças e atributos comuns.Freyja vivia na planície de Folkvangr (“campo do povo”no palácio Sessrumrir (“muitos salões”e viajava em uma carruagem puxada pelos gatos Tregul (“ouro da árvore” ou âmbar) e Bygul (“ouro da abelha” ou mel). Apesar de ser regente do amor, ela não era apenas beleza e ternura, pois adquiria um aspecto marcial quando colocava sua armadura, empunhava o escudo e a espada e assumia a condição de condutora das Valquírias, cavalgando diariamente junto delas para escolher a metade que lhe pertencia dos guerreiros mortos em combate. Este direito foi dado a Freyja por Odin, como recompensa por tê-lo iniciado na prática da magia seidhr, por isso Freyja podia escolher quais dos heróis queria para levá-los consigo, os demais cabiam a Odin. Ela também recebia nos seus salões os espíritos das mulheres que tinham morrido de maneira heróica ou se imolavam para acompanhar os maridos mortos em combate.<br />Snorri menciona que Freyja era casada com Odr, um desconhecido deus, pai de suas filhas Hnoss e Gersemi, marido que, misteriosamente, se ausentava por longos períodos. Freyja saia à sua procura, assumindo outros nomes (Mardoll, Syr, Menglad) e derramava lágrimas de ouro, por isso o ouro é chamado nos poemas escandinavos de “lágrimas de Freyja”. Odr ou Odur pode ser visto como a manifestação de Odin como andarilho ou a personificação do Sol de verão, que despertava calor e paixão. Quando ele estava ao seu lado, Freyja era feliz e sorridente, na sua ausência, a tristeza e a solidão a levavam para perambular pelo mundo, perguntando a todos pelo seu marido. Finalmente ela o encontrava nas terras quentes do Sul, onde a sua união era espelhada pela plenitude da natureza no verão. Dizia-se que depois Freyja convencia Odr para voltar com ela para as terras do Norte, fato refletido pelo despertar da natureza na primavera nórdica, que acontece mais tarde do que no Sul.<br />As duas filhas de Freyja – Hnoss e Gersemi – representavam a continuidade dos aspectos maternos, sendo reverenciadas como deusas do amor. Hnoss significava “tesouro” e Gersemi “jóia” e elas personificavam a beleza divina, presente em todos os lugares, todos os momentos e em todos os seres. Apesar de não aparecerem nos mitos, elas simbolizam o despertar do amor, a capacidade de entrega e a energia da sensualidade e sexualidade.<br />Freyja tinha inúmeros títulos e nomes que descreviam a ampla gama dos seus atributos. Como Vanadis, Freyja era regente das Disir, as matriarcas e ancestrais tribais, reverenciadas no festival Disablot, em 31 de outubro, e que personificavam as forças da natureza (benéficas e destrutivas). Val Freyja era a condutora das Valquirias, que recolhia a primeira metade dos espíritos dos heróis mortos nas batalhas (deixando a outra metade para Odin) e os levava para os salões do seu palácio Sessrumnir.<br />As qualidades luminosas de Freyja apareciam nos nomes Vanabrudr, “A noiva brilhante dos Vanir”, Mardöll ou Mardal significando “Brilho dourado da água iluminada pelos raios do sol poente”. Como Heidhr ou Heide, “A brilhante”, Freyja era a maga que ensinou a magia seidhr a Odin. Como Gullveig ”Ávida pelo ouro”, ela regia a vitalidade mágica e a luz dourada, além da cobiça pela riqueza. Em outras manifestações, Freyja é Hörn “A fiandeira” regente das forças vitais femininas, do linho e da arte de fiar, Syr “A porca”, guerreira e protetora dos animais domésticos, regente da fartura, Gefn “A generosa”, atributo que providenciava sorte e bem-estar.<br />Nas suas peregrinações Freyja espalhava as sementes do amor e desejo e expandia seu poder e domínio, assegurando o fluxo dinâmico de energias em Midgard, que regiam a vitalidade, fertilidade, reprodução, riqueza, bem estar e os ciclos das mudanças cósmicas, além da magia seidhr e da guerra. O título Fru indicando “mulher que tem domínio sobre seus bens” tornou-se com o passar do tempo sinônimo de “mulher”, enquanto Frowe, Frau indicam uma “senhora” (o mais antigo nome de Freyja).<br />Por ter sido a deusa nórdica mais amada e reverenciada, o arquétipo de Freyja foi – e continua sendo – bastante conhecido, apesar da censura cristã causada pela sua intensa sexualidade. Diferente da figura mais conservadora e familiar de Frigga, que personifica o poder feminino na área doméstica e social, Freyja representa a força mágica – da natureza e da mulher -, selvagem, sedutora, magnética, sexual e indômita. No poema Lokasenna ela é acusada por Loki de lascívia e promiscuidade; na transcrição dos mitos esta “suspeita” levou à perda de muitos detalhes associados com seus mitos e cultos. Além da idiossincrasia cristã à qualquer referência – mítica ou histórica – ligada a ritos sexuais, muitos escritores transformaram Freyja em uma figura meramente sensual, uma fantasia para os desejos e a cobiça masculina (dos deuses, gigantes e mortais). No entanto, Freyja somente aceitou se entregar pela sua própria vontade e escolha, como no famoso caso da obtenção do precioso colar Brisingamen, recebido ao fazer amor com quatro anões ferreiros. Tampouco foi coagida pelos deuses para se entregar a algum dos gigantes, mesmo que a sua recusa podia trazer sérias consequências para Asgard (como foi relatado no mito do “roubo do martelo de Thor”). Em certos aspectos, Freyja pode ser vista como a contraparte feminina de Odin: ambos têm poder mágico, perambulam pelos mundos, escolhem amantes entre deuses e mortais, repartem os espíritos dos guerreiros mortos em combate e são poderosos adversários nos desafios e disputas. Diferente do seu irmão Frey, Freyja não promove a paz, mas incita a discórdia, como revela o mito de Gullveig. A missão de apaziguadora era desempenhada por Frigga e suas acompanhantes. Na sociedade nórdica era importante manter a paz e para isso eram feitos acordos, alianças e casamentos entre tribos em conflito. No entanto, muitas vezes, a união forçada ou o amor não compartilhado, podiam causar duelos e mortes dos rivais, ou vinganças dos homens cujas mulheres os traíram ou abandonaram. Nestes casos, percebia-se a atuação da força mágica e sexual de Freyja e a necessidade da conciliação e harmonia conjugal promovidas por Frigga.<br />A magia praticada pela Freyja e suas sacerdotisas era Seidhr, cujo objetivo principal era perceber a complicada tessitura do Wyrd e compreender o desenrolar dos eventos futuros. A prática incluía o desdobramento e a projeção astral através dos mundos sutis, buscando informações dos seres sobrenaturais ou dos espíritos ancestrais, realizando depois atos mágicos em benefício dos consulentes. Freyja personificava o desejo e o prazer erótico, a abundância, plenitude e prosperidade; as lágrimas por ela derramadas sobre a terra tornavam-se ouro, as que caíam sobre o mar, em partículas de âmbar. Por ser associada com o Sol e o âmbar, na Alemanha Freyja era chamada de “porca dourada”, equivalente do seu título Syr ou Vana Solen -“belo Sol”-, sendo representada cercada por uma coroa de raios solares.<br />O culto de Freyja era realizado na natureza e muitos nomes de lugares que guardam sua memória, são associados com campos, clareiras, lago, floresta, rochas, mar. Freyja era cultuada por mulheres – solteiras, divorciadas, viúvas – assim como por homens e guerreiros, que lhe ofertavam sacrifícios e lhe erguiam altares. Um dos seus fervorosos adoradores (e suposto amante) Ottar, lhe ergueu um altar de pedras empilhadas, tingidas com sangue e vitrificadas pelo fogo das queimas de oferendas.<br />O símbolo de Freyja era seu colar Brisingamen denominado “colar ardente” ou “pedras das ondas”, uma referência poética ao âmbar e à luta de Loki e Heimdall (metamorfoseados em focas) pela sua posse. O colar era o mais antigo símbolo de poder e riqueza dos povos escandinavos e celtas, tendo sido usado por monarcas, sacerdotes, chefes guerreiros e ofertado aos deuses (como comprovam os inúmeros colares de ouro encontrados nos pântanos e lagos). O colar representava glória, a corona solar, riqueza e poder. Os poetas dedicavam para Freyja canções de amor, como as islandesas mansöngr ou minnegesung que visavam inflamar as paixões humanas e que foram proibidas após a cristianização, por lhes serem atribuídos poderes de magia sexual, “encantando” e “amarrando” os parceiros.<br />Os animais totêmicos de Freyja eram gato, lince, falcão, doninha, porca, cuco, andorinha, borboleta e joaninha. Uma pintura alemã do século XII retrata uma mulher nua, cavalgando um felino listrado e segurando um chifre na sua mão; o felino podia ser um gato ou tigre siberiano, indicando uma possível influência das crenças xamânicas do Nordeste europeu. O gato é sempre associado com Freyja, devido aos seus atributos de beleza, sensualidade, agilidade, astúcia e mistério. Dizia-se que os gatos controlavam o brilho solar; depois da cristianização Freyja foi reduzida à uma figura demoníaca, suas sacerdotisas a bruxas, que voavam sobre vassouras acompanhadas de gatos pretos, seus servidores. Às vezes Freyja cavalgava um javali chamado Hildisvini (“porco guerreiro”) confeccionado magicamente pelos anões, o que reforça o seu título de Syr (“porca”). Em um dos seus mitos é mencionado Ottar, um guerreiro adorador ou amante de Freyja, que ela transformou em javali para poder mantê-lo perto dela, usando-o como montaria. Existem referências históricas sobre o uso de máscaras e peles de javali pelos sacerdotes e adeptos dos cultos de Freyja, bem como por guerreiros, que acreditavam na proteção a eles conferida, pela deusa e o seu animal totêmico. Outros registros das regiões bálticas mencionam a influência das divindades Vanir, principalmente o culto de Freyja e o papel predominante das mulheres nas artes mágicas (seidhr) e divinatórias (uso das runas).<br />O mito de Gullveig<br />Um episódio descrito no poema Völuspa menciona uma misteriosa mulher chamada Gullveig, que provocou a guerra entre os Aesir e Vanir e despertou a cobiça pelo ouro (seu nome foi interpretado como “bebida de ouro” ou “a dourada”). Descrita como maga e vidente, Gullveig representa um arquétipo enigmático e controvertido, que deu margem a inúmeras especulações acadêmicas e literárias.<br />No poema citado relata-se a súbita aparição de uma deusa Vanir em Asgard, despertando com suas palavras a cobiça dos deuses pelo ouro, considerado até então um metal destinado apenas à confecção de objetos mágicos e ritualísticos. Enfurecido, sem nenhuma razão aparente, Odin a atravessa com sua lança e os deuses a queimam por três vezes, mas cada vez ela surge ilesa das chamas. Por pertencer aos Vanir, o tratamento a ela dispensado pelos Aesir foi visto como uma ofensa imperdoável, um fato injusto e violento que determinou a guerra entre eles. Como nenhum dos grupos de deuses vencia, foi feito o armistício com a decorrente troca de reféns e a criação de Kvasir (descrita no respectivo verbete).<br />Analisando o mito sob um prisma diferente, a hostilidade inexplicável dos Aesir representa uma metáfora do confronto entre as antigas divindades da Natureza (Vanir) e a nova ordem patriarcal e guerreira estabelecida pelos Aesir. Gullveig é vista como a causadora da discórdia por representar a magia seidhr – exclusiva dos Vanir – e que, por incluir controle mental, contato com forças sobrenaturais e práticas mágicas, era algo desconhecido e temido pelos Aesir. Outra interpretação supõe que a presença de Gullveig como “ouro intoxicante” (tradução do seu nome) desestruturou a ordem social vigente e incitou a cobiça pelo ouro, o que levou à violência, guerra, pobreza e fome, induzindo os Aesir a matá-la.<br />O escritor Edred Thorsson afirma que, na terceira vez em que Gullveig é queimada, ela ressurge como Heidhr, “A brilhante”, um dos títulos de Freyja, fato que justifica a interpretação de Gullveig como hipóstase ou disfarce de Freyja. Como Freyja não fez parte dos reféns cedidos pelos Vanir como parte do armistício com os Aesir, Gullveig foi a maneira usada pela Freyja para entrar em Asgard por sua livre escolha. Depois de ser testada pelos Aesir e passar por todos os testes aos quais foi submetida sem ser destruída, ela ressurge fortalecida e brilhante, sendo aceita como deusa em Asgard, mesmo sendo uma Vanir. Heide ou Heidhr era também o nome da völva ressuscitada por Odin no reino de Hel para indagar sobre o futuro de Baldur, além de representar o aspecto mágico de Freyja como mestra seidhr.<br />Juntando os detalhes isolados, provenientes de vários mitos, conclui-se que Gullveig era uma persona mágica usada por Freyja e que, ao passar pela iniciação do fogo (sacrifício, morte e renascimento das chamas) ela revelou sua natureza múltipla e seus poderes xamânicos e mágicos.<br />O mito de Brisingamen.<br />Considerado por alguns autores como cinto, por outros como colar, seu nome vem de brising “fogo” e é considerado o símbolo dos poderes de fertilidade, sexualidade e magia de Freyja, associado também com a aurora boreal. O mito relata a viagem de Freyja até o reino dos anões, para lhes encomendar uma jóia especial de ouro, que não tivesse igual no mundo, como beleza, formato e poder. Os anões lhe impuseram como condição uma noite de amor com cada um dos quatro grandes mestres ourives. Uma interpretação mais livre considera os anões como personificações dos atributos e qualidades dos quatro elementos, correspondendo aos guardiões arcaicos das direções citados no mito da criação (Nordhri, Austri, Sudhri, Vestri). O quinto seria o próprio colar, a quintessência que integra todos os elementos e lhe confere a beleza e o poder mágico de Freyja. Brisingamen representa, portanto, o poder de manifestação de Freyja, que ultrapassa o nível meramente sexual, sendo a atração sinérgica que abre portas mútuas para o despertar do amor e o florescimento da abundância.<br />Freyja é a regente da paixão – seja amorosa, seja pela plena realização na vida – e ensina como ter coragem, força e fé para alcançar objetivos e desfrutar o prazer. Para a conexão com Freyja, no altar devem ser colocados itens que representem beleza, poder feminino, atração, magia e abundância (como flores, perfumes, jóias de ouro ou âmbar, pedras preciosas, símbolos rúnicos, uma imagem de gato ou lince, imã ou magnetita, fitas vermelhas trançadas ou com nós, a representação de Freyja em um dos seus aspectos). Na meditação, podem ser pedidos seus dons: para aumentar a sensualidade e o poder de sedução; para ativar a intuição no uso do oráculo rúnico; para proteção e sabedoria nas práticas mágicas e nos rituais. Ofertam-se depois como gratidão: rosas vermelhas, gerânios e hibiscos, uma pedra (do Sol, olho de gato, de lince ou de falcão), um pedaço de âmbar, mel e vinho tinto, de preferência numa sexta feira, nas horas mágicas (múltiplas do número três).<br />As runas associadas à Freyja (Fehu, Kenaz, Berkano) acrescidas às do seu nome (como Frowe e Freyja) reforçam as suas características energéticas e mágicas: fogo, energia vital e sexual, riqueza, mistérios do mundo oculto e da morte, alegria, amor, inspiração, fertilidade, plenitude e sabedoria.</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-22446456267020104262016-08-02T21:51:00.001-03:002016-08-02T21:53:14.512-03:00A Arte de ser avó e avô<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVxSbW3MOdCsyVCmgzGsz0813-mJyFD3mw1Hu-Zt0wJsEUNkiiGMwr_PkRTf4HiTZy8l-CZGQQZt40tEFnsSN_YssF2RnZERQSxzsDymNY_h5mZ1D3bBUyQpxwcIvCpSOf4mvMvw_IUGU/s1600/13680610_986386421480796_2042461746481497078_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVxSbW3MOdCsyVCmgzGsz0813-mJyFD3mw1Hu-Zt0wJsEUNkiiGMwr_PkRTf4HiTZy8l-CZGQQZt40tEFnsSN_YssF2RnZERQSxzsDymNY_h5mZ1D3bBUyQpxwcIvCpSOf4mvMvw_IUGU/s320/13680610_986386421480796_2042461746481497078_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
"Perguntaram a uma menina de nove anos o que ela gostaria de ser quando crescesse. Ela respondeu:<br />
- Eu gostaria de ser avó!</div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Ao ser interrogada sobre o porquê de<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">ssa idéia, ela completou:<br />- Porque os avós escutam, compreendem.<br />E, além do mais, a família se reúne inteirinha na casa deles.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #666666; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 16.08px;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
E a menina continuou:<br />
- Uma avó é uma mulher velhinha que não tem filhos.<br />
Ela gosta dos filhos dos outros.<br />
Um avô leva os meninos para passear e conversa com eles sobre pescaria e outros assuntos parecidos.<br />
Os avós não fazem nada, e por isso podem ficar mais tempo com a gente.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Como eles são velhinhos, não conseguem rolar pelo chão ou correr.<br />
Mas não faz mal. Nos levam ao shopping e nos deixam olhar as vitrines até cansar.<br />
Na casa deles tem sempre um vidro com balas e uma lata cheia de suspiros.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Eles contam histórias de nosso pai ou nossa mãe quando eram pequenos, histórias de uns livros bem velhos com umas figuras lindas.<br />
Passeiam conosco mostrando as flores, ensinando seus nomes, fazendo-nos sentir seu perfume.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Avós nunca dizem "depressa, já pra cama" ou "se não fizer logo vai ficar de castigo".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Quase todos usam óculos e eu já vi uns tirando os dentes e as gengivas.<br />
Quando a gente faz uma pergunta, os avós não dizem: "menino, não vê que estou ocupado?"</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Eles param, pensam e respondem de um jeito que a gente entende.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Os avós sabem um bocado de coisas.<br />
Eles não falam com a gente como se nós fôssemos bobos.<br />
Nem se referem a nós com expressões tipo "que gracinha!", como fazem algumas visitas.<br />
O colo dos avós é quente e fofinho, bom de a gente sentar quando está triste.<br />
Todo mundo deveria tentar ter um avô ou uma avó, porque são os únicos adultos que têm tempo para nós."<br />
Autor desconhecido</div>
</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-34093598402010430812016-07-20T02:26:00.002-03:002016-07-20T02:26:40.402-03:00O Nascimento de Buda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHEQkKLidWav_Ow8nZz5TfUK2Yoz_OfCybYqoUWm8fv0gQI9traDg43tCD75048SNsOU3KZ5XLyr-1RvodbpfXFx6jBLdjSq8GdIUPVqciFqxGUYasqqmuO7EkuToAx-XxQMkfzFXPJzU/s1600/nascimento+Shidartha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHEQkKLidWav_Ow8nZz5TfUK2Yoz_OfCybYqoUWm8fv0gQI9traDg43tCD75048SNsOU3KZ5XLyr-1RvodbpfXFx6jBLdjSq8GdIUPVqciFqxGUYasqqmuO7EkuToAx-XxQMkfzFXPJzU/s1600/nascimento+Shidartha.jpg" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">É na Lua cheia de abril que se comemora o nascimento do BUDA.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">"Buda Shakyamuni nasceu em 624 a.C., em Lumbini, que na época fazia parte da Índia, mas hoje pertence ao Nepal.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">Sua mãe foi a rainha Mayadevi e seu pai, o rei Shudodana.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; line-height: 19.32px;">
<span style="font-family: inherit;"><div style="margin-bottom: 6px;">
Certa noite, a rainha sonhou que um elefante branco descia do paraíso e ingressava em seu útero. Esse ingresso foi um presságio de que concebera um ser puro e poderoso e a descida do elefante do paraíso, um indício de que seu filho vinha do céu de Tushita, a Terra Pura de Buda Maitreya.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Mais tarde, quando a rainha deu à luz, em vez de sentir dor, ela teve uma visão muito especial e pura. Viu-se apoiada numa árvore, segurando um de seus ramos com a mão direita, enquanto os deuses Brahma e Indra tiravam de seu flanco, sem dor, uma criança. Os deuses, então, reverenciavam a criança, oferecendo-lhe abluções rituais.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Quando viu o filho, o rei sentiu que todos os seus desejos haviam sido satisfeitos e chamou o pequeno príncipe de Sidarta. Sua majestade convidou um brâmane vidente para fazer predições sobre o futuro do príncipe. O vidente examinou a criança com sua clarividência e disse ao rei: “Há sinais de que o menino pode se tornar ou um rei chakravatin, líder do mundo inteiro, ou um Buda plenamente iluminado. Entretanto, posto que a era dos reis chakravatin já passou, é certo que ele se tornará um Buda e sua influência benéfica se espalhará pelos mil milhões de mundos, como os raios de um sol.”</div>
</span></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-66665152002482594422016-07-04T00:14:00.001-03:002016-07-04T00:14:21.574-03:00Trançando os cabelos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMG5qLrk1Jupk4JYoMHwZLwv5WrmVp0Lp83S-DIeogW-6WfPZ4DcnqOOPiXIZgGeXrtOG5uU6vKr6_p6ZlNv5d0cHl9oPNFwotmEFEbJ5I8rVi9YX_pdGuws-jqHsu3PtEThn3LnPZWBw/s1600/tristeza+e+tran%25C3%25A7ar+o+cabelo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMG5qLrk1Jupk4JYoMHwZLwv5WrmVp0Lp83S-DIeogW-6WfPZ4DcnqOOPiXIZgGeXrtOG5uU6vKr6_p6ZlNv5d0cHl9oPNFwotmEFEbJ5I8rVi9YX_pdGuws-jqHsu3PtEThn3LnPZWBw/s400/tristeza+e+tran%25C3%25A7ar+o+cabelo.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">"A minha avó dizia-me que quando uma mulher se sentisse triste, o melhor que podia fazer era entrançar o seu cabelo; de modo que a dor ficasse presa no cabelo e<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"> não pudesse atingir o resto do corpo. Havia que ter cuidado para que a tristeza não entrasse nos olhos, porque iria fazer com que chorassem, também não era bom deixar entrar a tristeza nos nossos lábios porque iria forçá-los a dizer coisas que não eram verdadeiras, que também não se metesse nas mãos porque se pode deixar tostar demais o café ou queimar a massa. Porque a tristeza gosta do sabor amargo.</span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #666666; display: inline; line-height: 16.08px;">
<span style="font-family: inherit;"><div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Quando te sintas triste menina- dizia a minha avó- entrança o cabelo, prende a dor na madeixa e deixa escapar o cabelo solto quando o vento do norte sopre com força. O nosso cabelo é uma rede capaz de apanhar tudo, é forte como as raízes do cipreste e suave como a espuma do atole.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. Não deixes que a tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. Trança a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…"</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Registo da antropóloga Paola Klug, Fotografia tirada na Nicarágua por Candelaria Rivera, do ensaio fotográfico: "Amor de Campo"</div>
</span></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-70543958469323217082016-07-03T02:14:00.002-03:002016-07-03T02:14:27.611-03:00 De que toda mãe recém-nascida precisa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIvVSEUkZGM0BOIKM6zpAEbUvoEWKi02S98QH0IQX5J8S00yKMCYoQVPyk97fbGcIuwQZfdawZ6baF1arRu46SLy93zObgxej5AZEe6hmZ_bjb0_NowGJjI9MmryMDJx01Mo_uOpX9tRg/s1600/mae+da+mae.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIvVSEUkZGM0BOIKM6zpAEbUvoEWKi02S98QH0IQX5J8S00yKMCYoQVPyk97fbGcIuwQZfdawZ6baF1arRu46SLy93zObgxej5AZEe6hmZ_bjb0_NowGJjI9MmryMDJx01Mo_uOpX9tRg/s400/mae+da+mae.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">Enquanto os olhos do mundo estão no bebê que acaba de nascer, a mãe da mãe enxerga a filha, recém-parida. O papel de avó pode esperar, pois é a sua menina que c<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">hora, com os seios a vazar.</span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #666666; display: inline; line-height: 16.08px;">
<span style="font-family: inherit;"><div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A mãe da mãe esfrega roupinhas manchadas de cocô, varre o chão, garante o almoço. Compra pijamas de botão, lava lençóis sujos de leite e sangue. Ela sabe como é duro se tornar mãe.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
No silêncio da madrugada, pensa na filha, acordada. Quantas vezes será que foi? Aguentará a manhã com um sorriso? Leva canjica quentinha e seu bolo favorito.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Atarefada, a mãe da mãe sofre em silêncio. Em cada escolha da filha, relembra suas próprias. Diante de nova mãe, novo bebê, muito leite e tanto colo, questiona tudo o que fez, tempos atrás. Tempo que não volta mais.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Se hoje é o que se tem, então hoje é o que é. Olha nos olhos, traz pão e café. Esse é o colo, esse é o leite. Aqui e agora, presente.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A mãe da mãe ajuda a filha a voar. Cuida de tudo o que está às mãos para que ela se reconstrua, descubra sua nova identidade. Ela agora é mãe, mas será sempre filha.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Toda mãe recém-nascida precisa dos cuidados de outra mulher que entenda o quanto esse momento é frágil. A mãe da mãe pode ser uma irmã, sogra, amiga, doula, vizinha, tia, avó, cunhada, conhecida. O fato é que o puerpério necessita de união feminina, dessa compreensão que só outra mãe consegue ter. O pai é um cuidador fundamental, comanda a casa e se desdobra entre mãe e filho, mas é preciso lembrar que ele também acaba de se tornar pai, ainda que pela segunda ou terceira vez.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Marcela Feriani * Canjica</div>
</span></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-34917843107242633082016-07-03T01:48:00.001-03:002016-07-03T01:48:23.138-03:00Meu encanto precisa da saudade..<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIsl9ZJseQMR_K5Jlk-s1ffmy8mOUubnPFvZgpNiIfadLG214KdAIRkZsSAn1uaNXgFFfP1rckr7c8r1YCrjEMtAvyP7XfSL1T9Tmvg1maWgvJARWVLd4HnFgELllQg6eOHhQEtqbz1xc/s1600/12993360_243214929366055_8110193721428673819_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIsl9ZJseQMR_K5Jlk-s1ffmy8mOUubnPFvZgpNiIfadLG214KdAIRkZsSAn1uaNXgFFfP1rckr7c8r1YCrjEMtAvyP7XfSL1T9Tmvg1maWgvJARWVLd4HnFgELllQg6eOHhQEtqbz1xc/s320/12993360_243214929366055_8110193721428673819_n.jpg" width="255" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
“Meu encanto precisa da saudade...”</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
“Era uma vez uma menina que amava um pássaro encantado que sempre a visitava e lhe contava estórias, o que a fazia imensamente feliz. Mas chegava um momento que o pássaro dizia: “Tenho que ir”. A menina chorava porque amava o pássaro e não queria que ele partisse. “Menina”, disse-lhe o pássaro, “aprenda o que vou lhe ensinar: eu só sou encantado por causa da ausência. É na ausência que a saudade vivi. E a saudade é um perfume que torna enca<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">ntados todos os que os sentem. Quem tem saudades esta amando. Tenho que partir para que a saudade exista e para que continue a ama-la e você continue a me amar...” E partia.<br />A menina, sofrendo a dor da saudade maquinou um plano: quando o pássaro voltou e lhe contou estórias e foi dormir, ela o prendeu em uma gaiola de prata, dizendo: “Agora ele será meu para sempre.” Mas não foi isso que aconteceu. O pássaro, sem poder voar, perdeu as cores, perdeu o brilho, perdeu a alegria, não tinha mais estórias para contar. E o amor acabou. Levou um tempo para que a menina percebesse que ela não amava aquele pássaro engaiolado. O pássaro que ela amava era o pássaro que voava livre e voltava quando queria e ela soltou o pássaro que voou para longe. Ruben Alves.</span></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-4777227684961056282016-06-22T22:45:00.000-03:002016-06-22T22:45:32.758-03:00A jóia escondida no manto<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b><br /></b>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ3lquNNBouBYJpdBAtGmegeL5lT032S_d8MhScz-GIF8vLNM7dmFmjCbyC6o-FyHlSK62C9WHrdZ8rItFgs8bbzTy04fztCKIEkji8mNp-Neewx0cP0fLcrXhKfMZuDifjwbkjms4o1U/s1600/joia+escondida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="106" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ3lquNNBouBYJpdBAtGmegeL5lT032S_d8MhScz-GIF8vLNM7dmFmjCbyC6o-FyHlSK62C9WHrdZ8rItFgs8bbzTy04fztCKIEkji8mNp-Neewx0cP0fLcrXhKfMZuDifjwbkjms4o1U/s320/joia+escondida.jpg" width="320" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>Certa vez um hospedeiro recebeu a visita de um amigo de longa data. O visitante que era um andarilho dos mais viajados olhou com carinho seu hospedeiro. Os dois eram amigos muito íntimos, mas o tempo, o trabalho e outros assuntos mundanos, aos poucos, os havia separado.</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>Enfim a distância terminou e os dois felizes companheiros celebraram o reencontro com uma refeição suntuosa e muito vinho. Passaram o dia em alegria, mas, agora que a noite chegara, o visitante estava tão embriagado pelo vinho que a única coisa a fazer era fechar os olhos e dormir profundamente.</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>Enquanto o visitante descansava pesadamente, o hospedeiro teve de atender um importante e inadiável chamado. Não havia maneira de recusar e, embora triste por ter de abandonar o amigo, decidiu partir imediatamente para a missão. Antes, porém, preocupado com o bem-estar do seu amigo, escolheu sua joia mais preciosa e costurou-a sob o manto do amigo.</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>Pensou: “Quando ele acordar pela manhã, certamente ainda estará bem sonolento. Verá que eu tive de partir e ficará desapontado. Porém, quando vir esta preciosa joia compreenderá que, a despeito da minha rude e apressada partida, eu o amo profundamente e lhe desejo o melhor. Colocando a joia sob sua roupa ele a levará sem falha. Se a colocar em outro lugar talvez ele não a perceba ou a esqueça”.</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>Pela manhã, o visitante, ainda "grogue", olhou em volta e ficou desapontado por não ver o amigo. Com pesar, colocou a roupa e foi seguindo seu caminho sem perceber a joia escondida em seu manto. Por muito tempo vagou percorrendo estradas arenosas e inúmeros países numa constante luta pela sobrevivência. Trabalhou duramente sem a mínima ideia da riqueza que levava consigo.</b></div>
<div class="__boxImgHolder" style="background-color: white; box-sizing: border-box; float: right; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 11px; font-style: italic; margin: 10px;">
<img class="img-responsive" src="https://seikyopost.com.br/files/Images/dda246ef-7d14-4e8a-899b-e1c8cce3b430" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: block; height: auto; max-width: 100%; vertical-align: middle;" /><b>Erick Fugii</b></div>
<br />
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>Um dia os dois amigos se encontraram novamente. O hospedeiro ficou chocado com a aparência do amigo e perguntou lhe com compaixão:</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>“Por que você se tornou tão pobre e miserável? Quando me visitou eu costurei a mais preciosa das joias nas dobras de sua roupa, de modo que pudesse viver uma vida digna. E mesmo assim tem levado esta vida miserável? Deve usar imediatamente essa joia e mudar sua condição de vida. Então terá tudo que almeja”.</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>Pela primeira vez o visitante compreendeu o grande tesouro que seu amigo lhe havia dado. Seu ser iluminou-se de alegria e lágrimas deslizaram pela sua face.</b></div>
<b><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;" /></b>
<br />
<h3 style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 1.1; margin-bottom: 10px; margin-top: 20px;">
Conclusão</h3>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>O <a href="http://www.seikyopost.com.br/budismo/glossario#p-sutra-do-lótus" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none;">Sutra do Lótus</a> utiliza parábolas com o intuito de facilitar a compreensão dos princípios budistas. Há sete mais representativas, dentre elas a Parábola da joia escondida no manto (cap. 8 do <a href="http://www.seikyopost.com.br/budismo/glossario#p-sutra-do-lótus" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none;">Sutra do Lótus</a>, Profecia da Iluminação para Quinhentos Discípulos).</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>A joia de valor inestimável é uma metáfora da natureza de <a href="http://www.seikyopost.com.br/budismo/glossario#p-buda" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none;">buda</a>. O forro do manto representa as profundezas do nosso ser.</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>Em outras palavras, a parábola nos transmite o princípio de que o tesouro extremamente nobre da natureza de <a href="http://www.seikyopost.com.br/budismo/glossario#p-buda" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none;">buda</a> existe dentro de todos nós. O <a href="http://www.seikyopost.com.br/budismo/glossario#p-sutra-do-lótus" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none;">Sutra do Lótus</a> é um ensinamento que nos possibilita despertar para o nosso <a href="http://www.seikyopost.com.br/budismo/glossario#p-estado-de-buda" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none;">estado de buda</a> inerente e a conduzirmos uma vida feliz.</b></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: Lora, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px; margin-bottom: 10px;">
<b>Na parábola, o despertar alegre é provocado pelo diálogo imbuído de amizade.</b></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-11423345194062059822016-05-21T19:36:00.002-03:002016-05-21T19:36:41.706-03:00 Uma Xicara de Café<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinjFzGuhRq3jebeaywuJVdWDef4UxCMk3pLQZEgheJYJbo04bKvGYll2X2JW1fYioIPD0yqMzJmayTVEIdxF3z8ZFzSAabSTr-UyxY7tEuKnA15CAyfmKLEwkL1XLNryWgUwhOh8ZW-XA/s1600/xicara+de+caf%25C3%25A9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinjFzGuhRq3jebeaywuJVdWDef4UxCMk3pLQZEgheJYJbo04bKvGYll2X2JW1fYioIPD0yqMzJmayTVEIdxF3z8ZFzSAabSTr-UyxY7tEuKnA15CAyfmKLEwkL1XLNryWgUwhOh8ZW-XA/s320/xicara+de+caf%25C3%25A9.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
REFLEXÃO:</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
"UMA XICARA DE CAFÉ"<br />Um grupo de profissionais, todos vencedores em suas respectivas carreiras, reuniu-se para visitar seu antigo professor.<br />Logo a conversa parou nas queixas intermináveis sobre “stress" no trabalho, e na vida em geral. O professor ofereceu café. Foi para a cozinha e voltou com um grande bule e uma variedade das melhores xícaras: de porcelana, plástico, vidro, cristal... <span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />Algumas simples e baratas, outras decoradas, outras caras, outras muito exóticas...<br />Ele disse:<br />- Pessoal, escolham suas xícaras e sirvam-se de um pouco de café fresco.<br />Quando todos o fizeram, o velho mestre limpou a garganta, calma e pacientemente conversou com o grupo:<br />- Como puderam notar, imediatamente as mais belas xícaras foram escolhidas, e as mais simples e baratas ficaram por último. Isso é natural, porque todo mundo prefere o melhor para si mesmo. Mas essa é a causa de muitos problemas relacionados com o que vocês chamam "stress".<br />Ele continuou:<br />- Eu asseguro que nenhuma dessas xícaras acrescentou qualidade ao café. Na verdade, o recipiente apenas disfarça ou mostra a bebida.<br />O que vocês queriam era café, não as xícaras, mas instintivamente quiseram pegar as melhores.<br />Eles começaram a olhar para as xícaras, uns dos outros.<br />Agora pense nisso:<br />A vida é o café.<br />Trabalho, dinheiro, status, popularidade, beleza, relacionamentos, entre outros, são apenas recipientes que dão forma e suporte à vida. O tipo de xícara que temos não pode definir nem alterar a qualidade da vida que recebemos. Muitas vezes nos concentramos apenas em escolher a melhor xícara, esquecendo de apreciar o café!<br />As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor, mas as que fazem o melhor com tudo o que têm!<br />Então se lembrem:<br />Vivam simplesmente. Sejam generosos. Sejam solidários e atenciosos. Falem com bondade.<br />O resto deixem nas mãos do Senhor, porque a pessoa mais rica não é a que mais tem, mas a que menos precisa.<br />Agora desfrutem o seu café! "<br /><i class="_3kkw _4-k1" style="background-image: url("https://www.facebook.com/images/emoji.php/v3/u91/1/16/2615.png"); background-size: 16px 16px; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><span class="accessible_elem" style="clip: rect(1px 1px 1px 1px); height: 1px; overflow: hidden; position: absolute; white-space: nowrap; width: 1px;">☕</span></i><i class="_3kkw _4-k1" style="background-image: url("https://www.facebook.com/images/emoji.php/v3/u91/1/16/2615.png"); background-size: 16px 16px; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><span class="accessible_elem" style="clip: rect(1px 1px 1px 1px); height: 1px; overflow: hidden; position: absolute; white-space: nowrap; width: 1px;">☕</span></i><i class="_3kkw _4-k1" style="background-image: url("https://www.facebook.com/images/emoji.php/v3/u91/1/16/2615.png"); background-size: 16px 16px; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><span class="accessible_elem" style="clip: rect(1px 1px 1px 1px); height: 1px; overflow: hidden; position: absolute; white-space: nowrap; width: 1px;">☕</span></i><i class="_3kkw _4-k1" style="background-image: url("https://www.facebook.com/images/emoji.php/v3/u91/1/16/2615.png"); background-size: 16px 16px; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><span class="accessible_elem" style="clip: rect(1px 1px 1px 1px); height: 1px; overflow: hidden; position: absolute; white-space: nowrap; width: 1px;">☕</span></i><i class="_3kkw _4-k1" style="background-image: url("https://www.facebook.com/images/emoji.php/v3/u91/1/16/2615.png"); background-size: 16px 16px; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><span class="accessible_elem" style="clip: rect(1px 1px 1px 1px); height: 1px; overflow: hidden; position: absolute; white-space: nowrap; width: 1px;">☕</span></i><i class="_3kkw _4-k1" style="background-image: url("https://www.facebook.com/images/emoji.php/v3/u91/1/16/2615.png"); background-size: 16px 16px; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><span class="accessible_elem" style="clip: rect(1px 1px 1px 1px); height: 1px; overflow: hidden; position: absolute; white-space: nowrap; width: 1px;">☕</span></i><br />Aprecie se café.<br /><i class="_3kkw _4-k1" style="background-image: url("https://www.facebook.com/images/emoji.php/v3/u75/1/16/1f618.png"); background-size: 16px 16px; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><span class="accessible_elem" style="clip: rect(1px 1px 1px 1px); height: 1px; overflow: hidden; position: absolute; white-space: nowrap; width: 1px;"><br /></span></i></span></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-33809163347038422312016-04-12T00:57:00.001-03:002016-04-12T00:57:47.586-03:00O Sonho dos Ratos- Rubem Alves<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTop2C7bO2lFhvQPmFnazygkcSjM4l5alf2JRGgbbj-8KHNH7uGRzH2oCRBVNFefufkP4Nir7nlDJe6tkehNXuphxdQ6IT2PuLTs67Pzv-w9rGNhxURLtLehfDS6n-PY8jshoZ7NwAQE4/s1600/rato-696x365-696x365.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTop2C7bO2lFhvQPmFnazygkcSjM4l5alf2JRGgbbj-8KHNH7uGRzH2oCRBVNFefufkP4Nir7nlDJe6tkehNXuphxdQ6IT2PuLTs67Pzv-w9rGNhxURLtLehfDS6n-PY8jshoZ7NwAQE4/s400/rato-696x365-696x365.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do assoalho de uma casa velha. Havia ratos de todos os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Mas ninguém ligava para as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: um queijo enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo seria a suprema felicidade…Bem pertinho é modo de dizer.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Na verdade, o queijo estava imensamente longe porque entre ele e os ratos estava um gato… O gato era malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes fingia dormir. Mas bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco para que o gato desse um pulo e, era uma vez um ratinho…Os ratos odiavam o gato.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum os tornava cúmplices de um mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com um cachorro…</span></div>
<div class="td-a-rec td-a-rec-id-custom_ad_3 " style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; display: table; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-left: auto; margin-right: auto; position: relative; text-align: center;">
</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Como nada pudessem fazer, reuniram-se para conversar. Faziam discursos, denunciavam o comportamento do gato (não se sabe bem para quem), e chegaram mesmo a escrever livros com a crítica filosófica dos gatos. Diziam que um dia chegaria em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais. “Quando se estabelecer a ditadura dos ratos”, diziam os camundongos, “então todos serão felizes”…</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">– O queijo é grande o bastante para todos, dizia um.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">– Socializaremos o queijo, dizia outro.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Todos batiam palmas e cantavam as mesmas canções.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Era comovente ver tanta fraternidade. Como seria bonito quando o gato morresse! Sonhavam. Nos seus sonhos comiam o queijo. E quanto mais o comiam, mais ele crescia. Porque esta é uma das propriedades dos queijos sonhados: não diminuem: crescem sempre. E marchavam juntos, rabos entrelaçados, gritando: “o queijo, já!”…</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sem que ninguém pudesse explicar como, o fato é que, ao acordarem, numa bela manhã, o gato tinha sumido. O queijo continuava lá, mais belo do que nunca. Bastaria dar uns poucos passos para fora do buraco. Olharam cuidadosamente ao redor. Aquilo poderia ser um truque do gato. Mas não era.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O gato havia desaparecido mesmo. Chegara o dia glorioso, e dos ratos surgiu um brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome comum. E foi então que a transformação aconteceu.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Bastou a primeira mordida. Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem.</span></div>
<div class="td-a-rec td-a-rec-id-custom_ad_3 " style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; display: table; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-left: auto; margin-right: auto; position: relative; text-align: center;">
</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Assim, quanto maior o número dos ratos a comer o queijo, menor o naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros como se fossem inimigos. Olharam, cada um para a boca dos outros, para ver quanto queijo haviam comido. E os olhares se enfureceram.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Arreganharam os dentes. Esqueceram-se do gato. Eram seus próprios inimigos. A briga começou. Os mais fortes expulsaram os mais fracos a dentadas. E, ato contínuo, começaram a brigar entre si.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Alguns ameaçaram a chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a ordem. O projeto de socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">“Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários para ser dado aos ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono”.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Mas como rato algum jamais abandonou um queijo, os ratos magros foram condenados a ficar esperando. Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não podiam compreender o que havia acontecido.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do queijo. Tinham todo o jeito do gato o olhar malvado, os dentes à mostra.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Os ratos magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo rato que fica dono do queijo vira gato. Não é por acidente que os nomes são tão parecidos.</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-size: 15px; line-height: 26px; margin-bottom: 26px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">“Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência!”</span></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-40289691637550544602016-02-28T12:49:00.000-03:002016-02-28T12:49:37.538-03:00O Buda e o Deva<div style="background-color: white; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">O BUDA E O DEVA</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16.08px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">O Buda estava um dia no jardim de Anathapindika, na cidade de Jetavana, quando lhe apareceu um Deva (espírito da natureza) em<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"> figura de brâmane e vestido de hábitos brancos como a neve, e entre ambos se estabeleceu o seguinte "duelo":</span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; line-height: 16.08px;">
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">O Deva:<br />- Qual é a espada mais cortante?<br />Ao que Buda respondeu:<br />- A palavra raivosa é a espada mais cortante.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- Qual é o maior veneno?<br />- A inveja é o mais mortal veneno.<br />- Qual é o fogo mais ardente?<br />- A luxúria.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- Qual é a noite mais escura?<br />- A ignorância.<br />- Quem obtém a maior recompensa?<br />- Quem dá sem desejo de receber é quem mais ganha.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- Quem sofre a maior perda?<br />- Quem recebe de outro sem devolver nada é o que mais perde.<br />- Qual é a armadura mais impenetrável?<br />- A paciência.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- Qual é a melhor arma?<br />- A sabedoria.<br />- Qual é o ladrão mais perigoso?<br />- Um mau pensamento é o ladrão mais perigoso.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- Qual o tesouro mais precioso?<br />- A virtude.<br />- Quem recusa o melhor que lhe é oferecido neste mundo?<br />- Recusa o melhor que se lhe oferece quem aspira à imortalidade.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- O que atrai?<br />- O bem atrai.<br />- O que repugna?<br />- O mal repugna.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- Qual é a dor mais terrível?<br />- A má conduta.<br />- Qual é a maior felicidade?<br />- A libertação.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- O que ocasiona a ruína no mundo?<br />- A ignorância.<br />- O que destrói a amizade?<br />- A inveja e o egoísmo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">- Qual é a febre mais aguda?<br />- O ódio.<br />- Qual é o melhor médico?<br />- O Buda.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">O Deva então faz sua última pergunta:<br />- O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?<br />Buda respondeu:<br />- O benefício das boas ações.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">Satisfeito com as respostas, o Deva, com as mãos juntas, se inclinou respeitosamente ante Buda e desapareceu.''</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;">(autor desconhecido)</span></div>
</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-75074143905058648752016-02-28T01:02:00.000-03:002016-02-28T01:02:11.707-03:00A respeito do Mal...<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDHSoD8weNZd6IuAA_ir_BLFxT-7xoJHGyXf-ihAH3mv61K1rgGC5kCz7bAx77ZZBlNS6WBqoLz4eKeSxp-L7mCpaVSWSB7sXOXu4YG1FuguLwnrU4VgYAjo6iVfFSdFOph5I8qWwl_dE/s1600/machado+na+%25C3%25A1rvore.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDHSoD8weNZd6IuAA_ir_BLFxT-7xoJHGyXf-ihAH3mv61K1rgGC5kCz7bAx77ZZBlNS6WBqoLz4eKeSxp-L7mCpaVSWSB7sXOXu4YG1FuguLwnrU4VgYAjo6iVfFSdFOph5I8qWwl_dE/s1600/machado+na+%25C3%25A1rvore.jpg" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">A respeito do Mal, Rudolf Steiner conta a seguinte história:</span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: inherit;">"Era uma vez um homem que muito pensava a respeito das coisas do universo.<br />O que mais atormentava o seu espírito era quando procurava conhecer, saber, entender a origem do Mal.<br />Ele não conseguia encontrar resposta.<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />“O mundo provém de Deus” - dizia ele a si mesmo, “e Deus só pode trazer o Bem dentro de si. Como podem então surgir pessoas más a partir do Bem?”<br />E ele voltava a pensar, a pensar “Como então se originam pessoas más a partir desse grande Bem?”<br />Mas tudo em vão, a resposta não conseguia ser encontrada.<br />E num certo dia aconteceu que esse homem que tanto cismava, no seu caminho veio a encontrar uma árvore que estava dialogando com um machado.<br />Dizia o machado para a árvore:<br />“Uma coisa que para você é impossível fazer, para mim é fácil: eu posso derrubá-la, mas você não pode me derrubar”.<br />Respondeu a árvore ao machado presunçoso:<br />“Faz um ano, passou por aqui um homem e tirou do meu corpo, usando um outro machado, a madeira para fazer o seu cabo”.<br />E tendo o homem ouvido essa conversa nasceu em sua alma um pensamento que ele não conseguia colocar claramente em palavras, mas esse pensamento respondia integralmente a questão: Como pode descender maldade do Bem."</span></span></div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-83768358710049660272016-02-22T18:07:00.001-03:002016-02-22T18:07:38.537-03:00O Encantado do Rio da Pedreira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Z-Zm1D3u9vxakL0bNpTgWRYbLDaM_NgeZUlNoqpZTPpGeLzeU3pPRZ2fLfg2yQlyDTOd5t7zHhdx4KxxHKppSX2Es7EPiqDtIvaooxsUo7VMmRpnNKf-Cpbo5EkvdogSTMc-AZe58RA/s1600/lavar+roupa+no+rio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Z-Zm1D3u9vxakL0bNpTgWRYbLDaM_NgeZUlNoqpZTPpGeLzeU3pPRZ2fLfg2yQlyDTOd5t7zHhdx4KxxHKppSX2Es7EPiqDtIvaooxsUo7VMmRpnNKf-Cpbo5EkvdogSTMc-AZe58RA/s400/lavar+roupa+no+rio.jpg" width="400" /></a></div>
<h1 style="background-color: white; font-stretch: normal; font-weight: normal; margin: 45px 0px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;"><br /></span></h1>
<h1 style="background-color: white; font-stretch: normal; font-weight: normal; margin: 45px 0px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">O Encantado do Rio da Pedreira</span></h1>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">Eles lavam roupa nos rios e igarapés. Às vezes formam-se grupos que reúnem as vizinhas e, ao mesmo tempo em que vão lavando a roupa, ou batendo ou ainda colocando para secar, vão conversando e sabendo das novidades, que geralmente não são muitas, a não ser quando os maridos vão à sede do município ou quando são visitadas por alguém. As visitas também pouco acontecem: parentes ou poucas amizades que vem da capital ou de outro município vizinho. De qualquer forma, é uma atividade que promove o encontro social das interioranas e a alegria das crianças. Sim, porque geralmente as crianças acompanham as mães e para elas é uma grande diversão banhar-se no rio ou igarapé e brincar de mil e uma maneiras. Só que as crianças nem sempre sabem dos perigos das águas e das matas da Amazônia… Aos poucos, com os ensinamentos dos mais velhos e a própria vivência, é que vão aprendendo que as águas e matas têm seus senhores, que têm suas leis, que têm seus horários, enfim, que têm seus segredos… e que todos têm que ser respeitados, senão…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">Maria Auxiliadora da Silveira Leão, mais conhecida por Lia, é filha de Primavera e é quem conta a história que segue…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">Como de praxe, D. Tercília foi com os filhos, um menino e uma menina, lavar roupa no Rio da Pedreira, nos campos de Mirasselva. E lá ficou entretida em seu trabalho, enquanto os filhos brincavam. Completamente absorvida em sua faina, não reparou o que acontecia com o casal. Somente quando a menina gritou, chamando-a, é que D. Teca – como atende D. Tercília – virou-se e verificou que apenas a menina estava ali, o menino havia desaparecido. D. Teca inquiriu a menina.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Onde está o teu irmão?</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- A mulher levou ele…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Que mulher? Que história é essa?</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Foi, mamãe… Nós estava brincando e banhando rio mais abaixo, pra não atrapalhar seu trabalho, quando surgiu uma mulher no rio e chamou a gente! Eu não fui, mas sabe como é o mano, né? Ele foi… Ela me chamou também, mas eu fiquei com medo… Não sei por que, mas fiquei com medo… Ela era bonita e estava rindo…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Mas que negócio é este? Que mulher? Não tem nenhuma mulher aqui…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Mas já disse… Ela apareceu no rio e chamou a gente. Ela era muito bonita e estava achando graça e nos chamava pra gente ir lá com ela…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Ir lá aonde, menina? – perguntava D. Teca já se desesperando.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Lá onde ela estava, no meio do rio… eu fiquei com medo… o mano foi e…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- E aí, o que aconteceu?</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Ele deu a mão para ela e os dois sumiram no rio…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Não é possível, não é possível.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">D. Teca saiu procurando o menino rio acima e rio abaixo e nada. Procurou na mata próxima e não encontrou seu filho. Correu à sua casa, avisou os vizinhos e foram todos ao local, onde realizaram uma grande busca… e igualmente nada.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">Depois de vários dias de procura sem resultado, aconselhada por amigos e vizinhos, D. Teca resolveu procurar o pajé local.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">Em lá chegando, após contar o caso, D. Teca viu o pajé concentrar-se e, em seguida, com voz grave, dizer-lhe: – Seu filho está encantado no fundo do rio. A mãe do rio se agradou dele e encantou ele.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- E o que devo fazer? Perguntou, nervosa, D. Teca.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- A senhora não tem muita coisa a fazer, não… Entretanto, vai ter uma oportunidade para seu filho ser desencantado… Mas tem de ser feito como eu digo!</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Diga, diga o que devo fazer, que farei…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">- Mas não é a senhora que tem de fazer. Olhe, se acalme e me ouça com atenção. Como já disse, o curumim foi encantado e agora vive no fundo do rio… Mas só quem pode desencantar ele é a madrinha. Ele vai aparecer encantado na forma de uma cobra, uma pequena cobra, na casa de vocês. A madrinha dele deve estar lá. Quando ver a cobra, deve jogar em cima dela o pano com que o curumim foi batizado. A cobra não vai se mexer. Então deve cortar o rabo da cobra. Se isto for feito tal como estou dizendo, o seu filho será desencantado!</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">D. Teca saiu da casa do pajé direto para a casa de sua irmã, que era a madrinha do menino. Lá contou tudo o que acontecera, convidando-a para ir passar uns tempos em sua casa, até a cobra aparecer e poder se realizar o desencante.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">A irmã de D. Teca aceitou de imediato o convite. Procuraram o pano usado no batismo e encontraram. E ficaram no aguardo dos acontecimentos…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">E lá um dia… não demorou muito, mas, quando menos esperavam, eis que… Mas faltou dizer ainda que a madrinha do menino fizera uma autêntica preparação. Vivia com o pano de batismo do menino seguro na sua vestimenta, bem como estava com uma faca sempre por perto. Não queria que, quando a cobra aparecesse, ela estivesse desprevenida, mesmo porque o pajé dissera, aparece para a madrinha do menino, bem no meio da sala. Não era uma cobra grande, pelo contrário, devia ter no máximo sessenta centímetros. Mas a madrinha, como se estivesse hipnotizada, ficou olhando a cobra atravessar a sala, sair pela porta da rua em direção ao mato da frente e sumir, sem que conseguisse se mexer, quanto mais lançar o pano de batismo do menino em cima da cobra e ainda cortar-lhe o rabo…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">O menino não apareceu até hoje.</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">Dizem os moradores do local que se encontra encantado, em forma de cobra, no fundo do Rio da Pedreira…</span></div>
<div style="background-color: white; font-stretch: normal; line-height: 21px; margin-bottom: 13px; padding: 0px;">
<br /></div>
<address style="background-color: white; margin: 0px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;">Walcyr Monteiro, nasceu em Belém do Pará. Jornalista, funcionário público e professor foi membro de diversas instituições culturais como o Instituto Histórico e Geográfico do Pará (ITERPA) e Centro Paraense de Estudos do Folclore. Teve trabalhos publicados em Portugal (Instituto Piaget) e no Japão (Shinseken), dentre os quais Visagens e Assombrações de Belém, As incríveis histórias do caboclo do Pará e a série, Visagens, Assombrações e Encantamentos da Amazônia.</span></address>
<address style="background-color: white; margin: 0px; padding: 0px;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></address>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-76849564912940159122016-02-22T17:54:00.000-03:002016-02-22T17:54:23.455-03:00Seja como...o LÁPIS !<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPiFuU81HpT3D14AiFHBEXrxHu3ZxzW3M1U7t-fLazy_29ksNPEmEPx2eqckVCFm-uooiT30i9bhme-mn1kiNkkmZAqLU8a55xQtp9ZKYvD9fnvFXWNX2LX4MnMTFGKdZg92AVvPEQHT4/s1600/11831687_910836765640374_7936815696443844521_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPiFuU81HpT3D14AiFHBEXrxHu3ZxzW3M1U7t-fLazy_29ksNPEmEPx2eqckVCFm-uooiT30i9bhme-mn1kiNkkmZAqLU8a55xQtp9ZKYvD9fnvFXWNX2LX4MnMTFGKdZg92AVvPEQHT4/s320/11831687_910836765640374_7936815696443844521_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
O menino observava seu avô escrevendo em um caderno, e perguntou:</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
— Vovô, você está escrevendo algo sobre mim?</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
O avô sorriu, e disse ao netinho:</div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
— Sim, estou escrevendo algo sobre você. Entretanto, mais importante do que as palavras que estou escrevendo, é este lápis que estou usando. Espero que você seja como ele, quando crescer.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
O menino olhou para o lápis, e não vendo nada de especial, intrigado, comentou:</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
— Mas este lápis é igual a todos os que eu já vi. O que ele tem de tão especial?</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
— Bem, depende do modo como você olha. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir vivê-las, será uma pessoa de bem e em paz com o mundo, respondeu o avô.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
— Primeira qualidade: assim como o lápis, você pode fazer coisas grandiosas, mas nunca se esqueça de que existe uma "mão" que guia os seus passos, e que sem ela o lápis não tem qualquer utilidade: a mão de Deus.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
— Segunda qualidade: assim como o lápis, de vez em quando você vai ter que parar o que está escrevendo, e usar um "apontador". Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas ao final, ele se torna mais afiado. Portanto, saiba suportar as adversidades da vida, porque elas farão de você uma pessoa mais forte e melhor.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
— Terceira qualidade: assim como o lápis, permita que se apague o que está errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos trazer de volta ao caminho certo.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
— Quarta qualidade: assim como no lápis, o que realmente importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro dele. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. O seu caráter será sempre mais importante que a sua aparência.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
— Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixará traços e marcas na vida das pessoas, portanto, procure ser consciente de cada ação, deixe um legado, e marque positivamente a vida das pessoas.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Autor desconhecido</div>
</div>
betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6493272230604913165.post-33355203307553951132016-02-17T11:51:00.001-02:002016-02-17T11:51:52.815-02:00Curando...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ5JZD8mDpxaZWmDl1kMUNQt-vWySKlx5AxVu8_Yju6RXN9GTHZthGzo8jfY55hfJAvIOkLwJfQ4yGDBb9DH2NR94BMst3LEkk-xQgZbg6yf9fsNrvjnxCMTAFSNctshU9kZoA-Y64uGw/s1600/AAA+florr+de+lotus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ5JZD8mDpxaZWmDl1kMUNQt-vWySKlx5AxVu8_Yju6RXN9GTHZthGzo8jfY55hfJAvIOkLwJfQ4yGDBb9DH2NR94BMst3LEkk-xQgZbg6yf9fsNrvjnxCMTAFSNctshU9kZoA-Y64uGw/s320/AAA+florr+de+lotus.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16.08px;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #666666; line-height: 16.08px;">Entrevista com um médico tibetano (Ayurvédica): Lama Tulku Lobsann</span><br style="background-color: white; color: #666666; line-height: 16.08px;" /><span style="background-color: white; color: #666666; line-height: 16.08px;">- quando um paciente vem a sua consulta, como descobre qual é a sua doença?</span><br style="background-color: white; color: #666666; line-height: 16.08px;" /><span style="background-color: white; color: #666666; line-height: 16.08px;">- olhando como se</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #666666; display: inline; line-height: 16.08px;"> move, sua postura, a forma de olhar. Não preciso que me fale nem me explique o que se passa. Um Doutor de medicina tibetana experiente, só com que o paciente se aproxime a cerca de 10 metros, pode saber que doença sofre.<br />- mas também ouve os pulsos.<br />- assim obtenho a informação que preciso da saúde do doente. Com a leitura do ritmo dos pulsos é possível diagnosticar um 95 % das enfermidades, inclusive psicológicas. A informação que o dan é rigorosa como a de um computador. Mas Lê-los requer muita experiência.<br />- e depois, como cura?<br />- com as mãos, o olhar, e preparados de plantas e minerais.<br />- segundo a medicina tibetana, qual é a origem das doenças?<br />- a nossa ignorância.<br />- Então, perdoe a minha, mas, o que entende por ignorância?<br />- não saber que não sabes. Não ver com clareza. Quando vemos com clareza, não tens que pensar. Quando não vês claramente, põe em prática o pensamento. E quanto mais pensamos, mais ignorantes somos e mais confusão criamos.<br />- como posso ser menos?<br />- Dou-lhe um método muito simples: praticando a compaixão. É a maneira mais fácil de reduzir os teus pensamentos. E o amor. Se quer a uma pessoa de verdade, ou seja, se não a queres só para ti, aumenta a tua compaixão.<br />- que problemas vê no Ocidente?<br />- o medo. O medo é o assassino do coração humano.<br />- Por quê?<br />- porque com medo é impossível ser feliz, e fazer felizes os outros.<br />- como enfrentar o medo?<br />- com aceitação. O medo é resistência ao desconhecido.<br />- e como médico, em que parte do corpo vê mais problemas?<br />- na coluna, na parte baixa da coluna: vocês se sintam muito tempo na mesma posição. Absolutamente, vocês têm muita rigidez.<br />- temos muitos problemas.<br />- pensamos que temos muitos problemas, mas na realidade o nosso problema é que não os temos.<br />- o que quer dizer?<br />- que nos habituámos a um nível de necessidades básicas satisfeitas, de modo que qualquer pequena contrariedade nos parece um problema. Então, ativamos a mente e começamos a dar voltas e mais voltas sem resolvê-lo.<br />- alguma recomendação?<br />- se o problema tem solução, já não é um problema. Se não, também não.<br />- e para o stress?<br />- para evitar isso, o melhor é estar louco.<br />-...?<br />- é uma piada. Não, não tão piada. Me refiro a ser ou parecer normal por fora e por dentro estar louco: é a melhor maneira de viver.<br />- que relação tem com a sua mente?<br />- sou uma pessoa normal, ou seja que penso muitas vezes. Mas tenho treinada a mente. Isso quer dizer que não sigo meus pensamentos. Eles vêm, mas não afetam nem minha mente, nem o meu coração.<br />- você ri-se muitas vezes.<br />- Quando alguém ri nos abre seu coração. Se não abrires o teu coração, é impossível ter sentido de humor. Quando rimos, tudo é claro. É a linguagem mais poderoso: nos conecta uns com os outros diretamente.<br />- também acaba de editar um cd de mantras com base eletrônica, para o público ocidental.<br />- a música, os mantras e a energia do corpo são a mesma coisa. Como o riso, a música é um grande canal para conectar com o outro. Através dela, podemos nos abrir e transformar: assim a usamos em nossa tradição.<br />- o que você gostaria de ser de maior?<br />- Gostaria de estar preparado para a morte.<br />- e nada mais?<br />- o resto não importa. A morte é a coisa mais importante da vida. Acho que já estou preparado. Mas antes da morte, devemos cuidar da vida. Cada momento é único. Se damos sentido à nossa vida, chegamos à morte com paz interior.<br />- aqui vivemos de costas para a morte.<br />- faz a morte em segredo. Até que chegará um dia de sua vida em que já não será um segredo: não se podem esconder.<br />- e a vida, que sentido tem?<br />- a vida tem sentido, e não. Depende de quem sejas. Se você realmente vive sua vida, então a vida tem sentido. Todos temos vida, mas não todo o mundo a vive. Todos temos o direito de ser felizes, mas temos que exercer esse direito. Se não, a vida não tem sentido.<br /><i class="_4-k1 img sp_UkKp2mjPS47 sx_2bd645" style="background-image: url("/rsrc.php/v2/yp/r/aeO1ik7i7-T.png"); background-position: 0px -3961px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><u style="left: -999999px; position: absolute;">💞</u></i><br /><a forcediv="true" forceinline="true" href="http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.akashicos.net%2F&h=AAQEU6Oth&enc=AZNoRbunR97n6DP_LvyrW9aOGvYIij428O1xQ_n-kV5zFgOirywH12b7ptkhRJ-4G2DaIHQPUzD7N7569Hi4eNqyjtB8lzV_hV3v9CYBgwJSyQKD9PP3O0gWwyA2CQejh5XyAqJOZNnDD_teRJFoD9Vasusidl-JoJqnyeOuARJk2JF806DFfJ03bYVmxG_UttZhtoZvE5Y-qlLAbgHAFia1&s=1" original_target="http://www.akashicos.net/&h=aaqeu6oth&enc=aznorbunr97n6dp_lvyrw9aogvyiij428o1xq_n-kv5zfgoirywh12b7ptkhrj-4g2daihqpuzd7n7569hi4enqyjtb8lzv_hv3v9cybgwjsyqkd9pp3o0gwwya2cqejh5xyaqjoznndd_terjfod9vasusidl-jojqnyeouarjk2jf806dffj03byvmxg_uttzhtozve5y-qllabghafia1&s=1" rel="nofollow" saprocessedanchor="true" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">www.akashicos.net.</a></span></span>betty mellohttp://www.blogger.com/profile/06142164042638979957noreply@blogger.com0