A Ana Cristina do blog http://eucomosquatro.blogspot.com/ me pediu um Conto sobre Micael, aí vai, um pouco depois do dia de comemoração que é 29 de Setembro, mas ainda na sua época que vai até o dia 23 de Outubro.
Mas, antes de mais nada é preciso falar um pouco dessa entidade "Micael" e e sua relação com a Humanidade, segundo o olhar Humanístico da Pedagogia Waldorf e da Antroposofia.
Mas, antes de mais nada é preciso falar um pouco dessa entidade "Micael" e e sua relação com a Humanidade, segundo o olhar Humanístico da Pedagogia Waldorf e da Antroposofia.
Micael é o Arcanjo que segundo a Bíblia Cristã expulsou Lúcifer do Reino Celeste, por ter este desejado o Trono de Deus Pai . Patrono do movimento Antroposófico, tem seu correspondente entre os santos católicos em São Jorge- aquele que na verdade e corajosamente não mata o dragão (o mal), mas o domina com sua espada de ferro.
Muito há para estudar e se aprofundar sobre o tema, mas aqui não é o lugar próprio para isto.
Colocaremos apenas algumas idéias que representam esta comemoração tão significativa para a Comunidade Waldorf/Antroposófica :
Micael representa a força e a coragem que devemos ter em nossa luta diária para estarmos sempre alertas ao que é Bem/bom e ao que é Mal/mau, tendo lucidez e discernimento em nossas escolhas. Se quisermos que nossas crianças tenham coragem para um dia enfrentar todos os “dragões” apresentados pela vida, precisamos ser dignos de exemplo de coragem, de consciência. Inspiremo-nos em Micael.
A Princesa do Castelo em Chamas
(conto da Transilvania, Romenia)
(conto da Transilvania, Romenia)
Era uma vez um homem que tinha tantos filhos quantos furos tem uma peneira. Todos os homens da aldeia já eram seus compadres. Ao nascer-lhe mais um filho, sentou-se na estrada para pedir ao primeiro transeunte que fosse padrinho da criança. Vinha então descendo a estrada um velho com um manto cor de cinza, ao qual ele fez o pedido, aceitou com prazer. Seguiram juntos o caminho, e o velho ajudou a batizar a criança. Deu, então, de presente ao pobre uma vaca e um bezerro nascido no mesmo dia em que seu afilhado. O bezerro tinha na testa uma estrela dourada e deveria pertencer ao menino.
Quando o menino cresceu, o bezerro se havia tornado um enorme touro, e juntos iam ambos todos os dias ao pasto. O touro sabia falar e, quando chegavam ao topo da montanha, dizia ao menino:
- Fica aqui e dorme. Enquanto isso, vou procurar meu pasto.
Assim que o pastor dormia, o touro corria como um raio até o grande pasto celeste e comia flores douradas de estrelas. Quando o sol se punha, ele voltava para acordar o menino, e iam, então para casa. Isto se repetiu todos os dias até o menino alcançar a idade de vinte anos. Um dia, disse-lhe o touro:
-Senta-te agora entre os meus chifres e eu te levarei até o Rei. Pede-lhe uma espada de ferro do tamanho de sete varas e dize-lhe que queres salvar sua filha.
Logo eles estavam no castelo real. O pastor desceu e foi ter com o Rei; este lhe perguntou o motivo de sua vinda. Após ouvir a resposta, deu-lhe com prazer a espada desejada, mas sem muita esperança de poder rever sua filha. Muitos jovens audaciosos tinham em vão ousado libertá-la. Ela fora raptada por um dragão de doze cabeças, que morava muito, muito longe. Ninguém podia chegar até lá, pois no caminho para seu castelo se encontrava uma serra imensamente alta, intransponível; e, mais além, um grande mar bravio. Adiante dele morava o dragão, em seu castelo de chamas. Mesmo se alguém conseguisse transpor a serra e o mar, ninguém lograria passar pelas chamas poderosas; e, mesmo tendo-as vencido, teria sido morto pelo dragão.
Quando o pastor obteve a espada, montou novamente entre os chifres do touro, e num instante eles se encontraram diante da serra imensa.
-Podemos voltar – disse ela ao touro, pois achava impossível transpô-la.
O touro respondeu-lhe:
-Espera apenas um instante!
E desceu o rapaz ao chão. Mas tinha feito isso, deu um impulso e moveu, com seus chifres poderosos, a serra inteira para o lado; e eles puderam seguir em frente.
O touro assentou o pastor novamente entre os chifres, e logo eles alcançaram o mar.
-Agora podemos voltar – disse o jovem -, pois ali ninguém consegue passar.
-Espera apenas um instante – retrucou-lhe o touro -, e segura te bem em meus chifres.
Então inclinou a cabeça até a água e bebeu o mar inteiro, e assim prosseguiram eles em chão seco, como sobre um gramada.
Logo chegaram ao Castelo de Chamas. Mas, já de longe, sentiram um calor tão imenso que era quase insuportável ao rapaz.
Pára – gritou ele ao touro -, não vás em frente, senão vamos morrer queimados.
O touro, porém, correu até bem perto e cuspiu de uma vez por sobre as chamas o mar que havia bebido, e elas rápido se apagaram. E logo uma fumaça enorme se elevou, enevoando todo o céu. Então, do vapor medonho, saltou o dragão de doze cabeças, enraivado.
-Agora é tua vez – disse o touro a seu amo. – Vê se consegues cortar todas as cabeças do monstro de um só golpe.
Ele juntou toda a sua força, tomou a espada poderosa com as mãos e golpeou tão rapidamente o monstro que todas as cabeças rolaram ao chão. O animal se contorceu e se debateu contra a terra com tal força que ela tremeu. O touro apanhou o corpo do dragão com seus chifres, arremessando-o ás nuvens; e nada mais se viu dele.
O touro disse ao pastor:
- Minha tarefa chegou ao fim. Vai até o castelo, e lá encontrarás a princesa. Leva-a de volta a seu pai.
Tendo dito isto, correu para o gramado celeste, e o rapaz nunca mais o viu.
O jovem se dirigiu ao castelo, onde encontrou a princesa, que se alegrou muito por estar livre do terrível dragão.
Regressaram ambos então ao país da princesa, onde se casaram; e uma enorme alegria invadiu todo o reino.
Quando o menino cresceu, o bezerro se havia tornado um enorme touro, e juntos iam ambos todos os dias ao pasto. O touro sabia falar e, quando chegavam ao topo da montanha, dizia ao menino:
- Fica aqui e dorme. Enquanto isso, vou procurar meu pasto.
Assim que o pastor dormia, o touro corria como um raio até o grande pasto celeste e comia flores douradas de estrelas. Quando o sol se punha, ele voltava para acordar o menino, e iam, então para casa. Isto se repetiu todos os dias até o menino alcançar a idade de vinte anos. Um dia, disse-lhe o touro:
-Senta-te agora entre os meus chifres e eu te levarei até o Rei. Pede-lhe uma espada de ferro do tamanho de sete varas e dize-lhe que queres salvar sua filha.
Logo eles estavam no castelo real. O pastor desceu e foi ter com o Rei; este lhe perguntou o motivo de sua vinda. Após ouvir a resposta, deu-lhe com prazer a espada desejada, mas sem muita esperança de poder rever sua filha. Muitos jovens audaciosos tinham em vão ousado libertá-la. Ela fora raptada por um dragão de doze cabeças, que morava muito, muito longe. Ninguém podia chegar até lá, pois no caminho para seu castelo se encontrava uma serra imensamente alta, intransponível; e, mais além, um grande mar bravio. Adiante dele morava o dragão, em seu castelo de chamas. Mesmo se alguém conseguisse transpor a serra e o mar, ninguém lograria passar pelas chamas poderosas; e, mesmo tendo-as vencido, teria sido morto pelo dragão.
Quando o pastor obteve a espada, montou novamente entre os chifres do touro, e num instante eles se encontraram diante da serra imensa.
-Podemos voltar – disse ela ao touro, pois achava impossível transpô-la.
O touro respondeu-lhe:
-Espera apenas um instante!
E desceu o rapaz ao chão. Mas tinha feito isso, deu um impulso e moveu, com seus chifres poderosos, a serra inteira para o lado; e eles puderam seguir em frente.
O touro assentou o pastor novamente entre os chifres, e logo eles alcançaram o mar.
-Agora podemos voltar – disse o jovem -, pois ali ninguém consegue passar.
-Espera apenas um instante – retrucou-lhe o touro -, e segura te bem em meus chifres.
Então inclinou a cabeça até a água e bebeu o mar inteiro, e assim prosseguiram eles em chão seco, como sobre um gramada.
Logo chegaram ao Castelo de Chamas. Mas, já de longe, sentiram um calor tão imenso que era quase insuportável ao rapaz.
Pára – gritou ele ao touro -, não vás em frente, senão vamos morrer queimados.
O touro, porém, correu até bem perto e cuspiu de uma vez por sobre as chamas o mar que havia bebido, e elas rápido se apagaram. E logo uma fumaça enorme se elevou, enevoando todo o céu. Então, do vapor medonho, saltou o dragão de doze cabeças, enraivado.
-Agora é tua vez – disse o touro a seu amo. – Vê se consegues cortar todas as cabeças do monstro de um só golpe.
Ele juntou toda a sua força, tomou a espada poderosa com as mãos e golpeou tão rapidamente o monstro que todas as cabeças rolaram ao chão. O animal se contorceu e se debateu contra a terra com tal força que ela tremeu. O touro apanhou o corpo do dragão com seus chifres, arremessando-o ás nuvens; e nada mais se viu dele.
O touro disse ao pastor:
- Minha tarefa chegou ao fim. Vai até o castelo, e lá encontrarás a princesa. Leva-a de volta a seu pai.
Tendo dito isto, correu para o gramado celeste, e o rapaz nunca mais o viu.
O jovem se dirigiu ao castelo, onde encontrou a princesa, que se alegrou muito por estar livre do terrível dragão.
Regressaram ambos então ao país da princesa, onde se casaram; e uma enorme alegria invadiu todo o reino.
Espero que gostem !
Bjs cheios de coragem, Betty
3 comentários:
Betty, muito obrigada pela história. Hoje à noite a contarei aos meus 4. Eles adoram Micael e rezam toda noite pela sua proteção.
Obrigada novamente pela sua carinhosa atenção,
Beijocas
Ana Cristina
eucomosquatro.blogspot.com
Betty, fiz um link do seu blog lá no meu...
Beijos
Ana Cristina
Oi.Tem um selinho pra vc no meu blog, espero que vc goste.BJs
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