Esta história - real e fantástica - encontrei numa página do Facebook, e não resistir em compartilhar...
Vende-se Tudo !
No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz
escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa,
pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do
bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de
vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil,
trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto
vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de
jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido
anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém
aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o
interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali
estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos
negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho
ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e
desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos
só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão,
que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de
buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha
vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.
Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas
apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de
objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que
são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha
vida.
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para
voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no
Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que
na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia
muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã,
já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido,
levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como
brinde.
Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro
tipo de leveza:
"só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao
partir,"é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!
Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam
riqueza, plenitude e felicidade.
São os momentos especiais que não tem preço, as pessoas que
estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a
nossa paz de espírito.
A gente leva dessa vida...apenas a vida que a gente leva.
Martha Medeiros - enviado por Fernando Cabral
Bjs desapegados !
2 comentários:
Betty Mello
Eu vim lhe deixar um convite Vim cá, lê o seu blogue. Eu, tenho um. Muito simples, sem cores e sem nuances. Estou lhe convidando a visitar-me, e se possível, Seguirmos juntos por eles. Estarei lhe esperando lá, afinal o que importa é a Amizade que fazemos e as publicações que expomos.
Eu te Convido a vir aqui.
www.josemariacosta.com
Amei o que compartilhou sobre o desapego. Também passei por isso e digo o mesmo. O que é material acaba sem valor, quando aprendemos a olhar o que realmente vale. Um beijo no seu coração!
Carla
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